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Líder católico da Pensilvânia promete impedir recorrência de abusos

Investigação sobre abusos cometidos por padres encontrou indícios de que ao menos mil pessoas foram abusadas sexualmente por cerca de 300 clérigos

Charles Chaput: "As únicas reações possíveis são tristeza, apoio às vítimas e esforços abrangentes para fazer com que tais coisas nunca se repitam" (Tony Gentile/Reuters)

Charles Chaput: "As únicas reações possíveis são tristeza, apoio às vítimas e esforços abrangentes para fazer com que tais coisas nunca se repitam" (Tony Gentile/Reuters)

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Reuters

Publicado em 17 de agosto de 2018 às 17h29.

A principal autoridade católica do Estado norte-americano da Pensilvânia prometeu nesta sexta-feira que fará com que os abusos sexuais generalizados cometidos por centenas de padres e o acobertamento revelado em um relatório impactante de um júri nesta semana jamais se repitam.

A investigação mais abrangente já feita nos Estados Unidos sobre abusos sexuais cometidos por padres desde que o escândalo veio a público em Boston, em 2002, encontrou indícios de que ao menos mil pessoas, a maioria crianças, foram abusadas sexualmente por cerca de 300 clérigos durante os últimos 70 anos. O relatório disse que o número exato de vítimas e abusadores pode ser muito maior.

"A substância do relatório é brutalmente explícita e profundamente perturbadora por ser a crônica do mal infligido a centenas de inocentes", disse o arcebispo da Filadélfia, Charles Chaput, em uma carta semanal aos católicos.

"As únicas reações possíveis são tristeza, apoio às vítimas e esforços abrangentes para fazer com que tais coisas nunca se repitam."

A arquidiocese de Chaput não foi contemplada no relatório de terça-feira, mas o relatório de um júri de 2005 encontrou indícios de que centenas de crianças foram abusadas sexualmente por ao menos 63 padres no distrito.

Nesta semana a Reuters contatou os secretários de Justiça dos 49 outros Estados norte-americanos para saber se estão cogitando ações semelhantes. Só dois, Nova York e Novo México, disseram ter adotado alguma medida inicial desta natureza.

A maioria não quis confirmar ou negar qualquer investigação, disse que as leis estaduais limitam sua capacidade de realizar investigações criminais amplas ou não respondeu a pedidos de comentário.

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