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Líder adverte que Irã reagirá se EUA ampliarem embargo

Ali Khamenei afirmou que é cedo para julgar o governo do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

Ali Khamenei: "o governo dos EUA está usando o acordo nuclear como uma ferramenta para uma nova pressão" (AFP/AFP)
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EFE

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 12h06.

Teerã - O líder supremo do Irã , o aiatolá Ali Khamenei, advertiu nesta quarta-feira que Teerã reagirá se os Estados Unidos ampliarem as sanções contra seu país por mais 10 anos, conforme aprovou na semana passada o Senado americano, uma violação do acordo nuclear alcançado com a comunidade internacional.

O governo de Barack Obama "cometeu múltiplas violações relativas ao acordo nuclear e a mais recente é a extensão do embargo por 10 anos", disse Khamenei, segundo o site oficial do líder.

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Caso seja aplicado, isso representaria "uma absoluta violação do Plano Integral da Ação Conjunta (JCPOA, em inglês)", acrescentou o líder supremo iraniano, antes de assegurar que "a República Islâmica reagirá em relação a isso".

Em seu discurso voltado para grupos de milicianos islâmicos, Khamenei explicou que é cedo para julgar o governo do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que assumirá o cargo em janeiro, mas criticou o Executivo de Obama.

"Ao contrário daquilo com o qual tinha se comprometido no JCPOA e das decisões tomadas em comum que os responsáveis (iranianos) me disseram que (os EUA) iriam cumprir, ele (Obama) cometeu múltiplas violações", disse o aiatolá sobre o atual líder americano.

Além disso, Khamenei indicou que "o governo dos EUA, além de não cumprir e violar as promessas e seus compromissos no JCPOA, agora está usando (o pacto) como uma ferramenta para uma nova pressão".

O acordo nuclear "não deve se transformar em uma ferramenta para pressionar a nação iraniana", advertiu Khamenei, ao afirmar que, caso a ampliação das sanções se torne "operacional e executiva", "a República Islâmica do Irã, sem dúvida, reagirá".

O congresso dos EUA decidiu na quarta-feira passada ampliar em 10 anos as sanções aprovadas em 1996 contra o Irã por seu programa nuclear.

A medida permite possíveis sanções às entidades americanas que fazem negócios com o Irã e impede a venda de aviões à República Islâmica.

Ontem, os legisladores iranianos reivindicaram ao governo medidas "recíprocas e sérias" frente a possíveis violações do acordo nuclear alcançado no ano passado entre seu país e o Grupo 5+1 (EUA, Reino Unido, França, China e Rússia, mais Alemanha).

Espera-se que as tensões entre Irã e EUA aumentem, já que Trump fez críticas ao acordo nuclear alcançado em julho de 2015 entre o Irã e o G5+1 e se mostrou contrário a qualquer acordo com a República Islâmica.

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