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Líbia vive expectativa pelo 'Dia da Ira', convocado pela internet

Redes sociais como o Facebook foram importantes para organizar as manifestações

Muammar Kadhafi, presidente da Líbia: manifestações no país são incomuns e reprimidas (Mark Renders/Getty Images)

Muammar Kadhafi, presidente da Líbia: manifestações no país são incomuns e reprimidas (Mark Renders/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2011 às 14h28.

Trípoli - A Líbia amanheceu cercada de expectativa nesta quinta-feira pela convocação realizada por milhares de internautas através das redes sociais virtuais do denominado "Dia da Ira", no qual incentivam a população a aderir a uma manifestação contra o regime do líder líbio, Muammar Kadafi.

É desconhecido o alcance que o protesto pode ter em um país onde as manifestações são incomuns e costumam ser duramente reprimidas.

Centenas de pessoas se enfrentaram na quarta-feira com as forças policiais na cidade de Benghazi, a segunda maior do país, o que resultou em 38 feridos, segundo fontes hospitalares citadas pela imprensa e sites líbios.

As chamadas às manifestações desta quinta-feira foram produzidas especialmente em redes sociais como o Facebook, onde uma página que convoca a população para os protestos já soma mais de nove mil adesões.

A data foi escolhida porque hoje se cumpre o quinto aniversário de um confronto entre manifestantes e forças de segurança diante do consulado italiano de Benghazi que deixou vários mortos.

Kadafi está desde 1969 no poder no país mais rico do Magrebe, que conta com ricas reservas de gás e petróleo.

Prevendo possíveis incidentes, fecharam as portas em Trípoli algumas escolas estrangeiras, como a britânica e a italiana, indicaram seus responsáveis à Agência Efe.

O liceu francês permanecerá aberto algumas horas durante a manhã e fechará à tarde.

Já algumas empresas internacionais de hidrocarbonetos ou que oferecem serviços a estas companhias adotaram medidas de precaução.

A Embaixada da França, no entanto, considerou em comunicado que "a situação não é motivo de preocupação especial", avaliando que não há uma deterioração das condições de segurança.

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