Líbano pede proteção ao seu patrimônio arqueológico após ataques em Baalbek e Tiro
Locais são reconhecidos como Patrimônio Mundial pela UNESCO
Agência de Notícias
Publicado em 4 de novembro de 2024 às 13h50.
Última atualização em 4 de novembro de 2024 às 13h51.
O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, lançou nesta segunda-feira um apelo pela proteção do patrimônio arqueológico do país, depois de Israel ter atacado recentemente as cidades de Baalbek (leste) e Tiro (sul), que abrigam sítios arqueológicos que foram reconhecidos como Patrimônio Mundial pelaUNESCO.
Em um comunicado, o chefe do Executivo libanês denunciou que Israel “continuou cometendo crimes de guerra contra diferentes áreas do Líbano e até atacou zonas arqueológicas, algo que por si só é um crime adicional contra a humanidade e que deve ser repelido e impedido”.
Mikati referiu-se especificamente aos ataques a Tiro, uma das metrópoles mais antigas do mundo, localizada no sul do Líbano; e ao leste de Baalbek, que abriga o imponente complexo de ruínas greco-romanas, também declaradas Patrimônio Mundial pela UNESCO.
Estes bombardeios “causaram o deslocamento de habitantes de cidades inteiras e ameaçam sítios arqueológicos e culturais de valor incalculável”, denunciou o premiê libanês, que reiterou a condenação do seu governo a estas ações “que violam o direito internacional de maneira flagrante”.
“Fazemos um apelo por um cessar-fogo imediato para pôr fim à violência absurda e proteger o patrimônio cultural do nosso país, incluindo os antigos sítios arqueológicos de Baalbek e Tiro”, disse Mikati, que pediu ao Conselho de Segurança da ONU para “tomar medidas rápidas e determinantes” para proteger esses sítios.
“É necessário que trabalhemos em conjunto para garantir a preservação destes locais para as gerações futuras”, ressaltou.