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Situação de refugiados no Líbano beira o colapso, diz premiê

O projeto defendido pelo Líbano prevê, em primeiro lugar, em estabelecer um plano de retorno de forma "digna e segura" para os sírios em três meses


	Refugiados: o Líbano acolhe 1,5 milhões de pessoas dentro de uma população total do país de 6 milhões
 (Jamal Saidi/Reuters)

Refugiados: o Líbano acolhe 1,5 milhões de pessoas dentro de uma população total do país de 6 milhões (Jamal Saidi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 17h04.

Nações Unidas - O Líbano, país no qual os refugiados já representam quase 25% da população, pediu nesta segunda-feira ajuda à comunidade internacional e às Nações Unidas por estar vivendo uma situação que "beira o colapso".

"É impensável que o Líbano possa por si mesmo fazer frente a um desafio desta proporção. Isso não pode continuar. São necessários maciços esforços da comunidade internacional", afirmou o primeiro-ministro do país, Tammam Salam, na cúpula sobre refugiados e migrantes realizado hoje na sede da ONU em Nova York.

Salam lembrou em seu discurso que desde o início de 2011 mais de 100 mil sírios nasceram no Líbano, metade deles nos últimos 18 meses.

"Apelo deste esta tribuna a todo mundo, especialmente às Nações Unidas, para iniciar um plano urgente", solicitou.

O projeto defendido pelo Líbano prevê, em primeiro lugar, em estabelecer um plano de retorno de forma "digna e segura" para os sírios em três meses.

Para isso, o primeiro-ministro citou a necessidade de formas seguras de transporte e recursos para os custos de logística da operação.

Depois, Salam defendeu cotas de repartição de refugiados em toda a região. Além disso, propôs uma negociação para se estabelecer o reassentamento dos sírios em outros locais até o fim deste ano.

O governo do Líbano também reivindica mais financiamento para executar ações em nível local e regional, além de pedir que a ONU lance um programa de arrecadação para assegurar a manutenção do campo de refugiados palestino de Nahr el Bared.

Salam afirmou que seu país está "em perigo", enumerou os esforços realizados pelo Líbano para atender os sírios deslocados, incluindo a educação das crianças que, garantiu, são tratadas como "filhos".

O primeiro-ministro também disse que o trabalho realizado por seu país para evitar que os refugiados cheguem à Europa é "sem precedentes".

"Secretário-geral, quando o mundo vai fazer algo pelo Líbano? Quando a ONU colocará as mãos na massa e promover esforços significativos para ajudar os refugiados e os imigrantes em observância de sua responsabilidade número um: salvaguardar a paz e a segurança", disse, se dirigindo a Ban Ki-moon.

Apesar de a Turquia ser o país que mais recebeu deslocados sírios - 2,5 milhões de pessoas -, o Líbano acolhe proporcionalmente o maior número: 1,5 milhões de pessoas dentro de uma população total do país de 6 milhões. 

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