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Líbano manterá embaixador na Síria apesar de sanções

Segundo o ministro das Relações Exteriores libanês, o governo é contra isolar um país árabe

A Liga Árabe decidiu suspender a participação da Síria até que seja aplicado o plano de paz que a organização pan-árabe elaborou para encerrar a crise de violência no país (Getty Images)

A Liga Árabe decidiu suspender a participação da Síria até que seja aplicado o plano de paz que a organização pan-árabe elaborou para encerrar a crise de violência no país (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2011 às 09h05.

Beirute - O Líbano não retirará seu embaixador da Síria pois se opõe às sanções que a Liga Árabe aprovou contra o país, apontou o ministro das Relações Exteriores libanês, Adnan Mansur, segundo publicou nesta segunda-feira a imprensa local.

'Não retiraremos o embaixador do Líbano na Síria, Michel Khoury, e não aceitamos as sanções porque somos contra isolar um país árabe', disse Mansur em entrevista ao jornal 'Al-Jumhuriya'.

O titular das Relações Exteriores advertiu que a instabilidade no país vizinho 'repercutirá de modo negativo nos Estados da região' e explicou que o Líbano apoia a aplicação de reformas na Síria porque se preocupa com sua estabilidade.

Mansur acrescentou que seu governo demonstrou disposição para cooperar com a Liga Árabe na hora de resolver a crise na Síria, onde os opositores do presidente Bashar Al Assad se manifestam contra o regime desde meados de março e sofrem uma dura repressão.


No último sábado, a Liga Árabe decidiu suspender a participação da Síria até que seja aplicado o plano de paz que a organização pan-árabe elaborou para encerrar a crise de violência registrada no país.

A decisão foi aprovada por 18 dos 22 membros do organismo com o voto contrário do Líbano e do Iêmen e a abstenção do Iraque.

Em declarações ao jornal 'L'Orient-Le Jour', Mansur disse que 'se Beirute tivesse aprovado a decisão da Liga, que prevê sanções econômicas contra a Síria, ou se tivesse se abstido como o Iraque, Damasco teria fechado imediatamente suas fronteiras com o país ou pelo menos teria posto impedimentos no tráfego'.

Neste sentido, o ministro lembrou as longas filas de caminhões nas fronteiras quando as autoridades sírias decidiram intensificar a fiscalização em busca de armas e os distúrbios que essas medidas geraram.

'Os países do Magrebe e do Conselho de Cooperação do Golfo não têm uma fronteira comum de 330 quilômetros com a Síria', acrescentou. 

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