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Lavrov recebe De Mistura para discutir negociações da Síria

Após duas primeiras rodadas de negociações, está previsto que a terceira rodada comece na próxima segunda-feira


	Staffan de Mistura: até agora, Damasco e oposição não foram capazes de superar as linhas vermelhas para iniciar o processo
 (Philippe Desmazes / AFP)

Staffan de Mistura: até agora, Damasco e oposição não foram capazes de superar as linhas vermelhas para iniciar o processo (Philippe Desmazes / AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2016 às 11h13.

Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, se reunirá nesta terça-feira em Moscou com o enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, para discutir sobre as perspectivas para o reatamento das negociações de Genebra.

"De Mistura viajará hoje a Moscou para se reunir com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov. Falarão da preparação para reiniciar as negociações intersírias", informou a assessoria de imprensa do enviado da ONU.

Após duas primeiras rodadas de negociações nas quais Damasco e a oposição síria não se sentaram frente a frente para negociar a paz, está previsto que a terceira rodada comece na próxima segunda-feira, dia 11 de abril.

Para tentar alavancar o processo, De Mistura entregou às duas partes um documento de 12 pontos que incluem os temas em torno dos quais ele considera que pode haver convergência e que podem ser a base de um futuro acordo.

Até agora, Damasco e oposição não foram capazes de superar as linhas vermelhas para iniciar o processo.

Enquanto Estados Unidos e a oposição exigem que o presidente sírio, Bashar al Assad, renuncie, Rússia e Damasco insistem que isso deverá ser decidido pelo povo sírio, o que deixaria a porta aberta para que o líder sírio volte se candidatar nas eleições.

Assad entende que as negociações de Genebra devem focar na formação de um governo de união nacional com membros do atual gabinete, já a oposição exige a criação de um órgão executivo de transição que não inclua ninguém do atual regime que tenha participado de atos de repressão.

Em novembro do ano passado, antes do início da primeira rodada de diálogo entre os sírios, 20 países com interesses e influência nos lados em conflito na Síria decidiram que o poder deve ser transferido a um órgão de governo transitório.

A função de tal órgão será criar as condições para redigir uma nova Constituição e organizar eleições livres. Esse pleito deveria acontecer em até 18 meses, segundo o calendário estipulado pelo Conselho de Segurança da ONU.

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