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KPMG pode ser processada por 'planejamento tributário abusivo'

Para evitar o colapso da companhia, como ocorreu com a Arthur Andersen, pode haver um acordo prevendo multa, revisão de práticas e supervisão pelas autoridades americanas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h39.

Procuradores federais americanos preparam uma ação contra a KPMG por obstrução de justiça e oferta de planejamento tributário abusivo a seus clientes durante a década de 90. Planejamento tributário é a estruturação, dentro da lei, de meios para pagar menos impostos. De acordo com reportagem desta quinta-feira (16/6) do jornal americano The Wall Street Journal, a ação dos procuradores pode derrubar uma das quatro grandes firmas de contabilidade que sobraram do terremoto dos escândalos corporativos.

A KPMG tem evitado comentar o caso. Na semana passada, a empresa emitiu uma nota em que declara assumir plena responsabilidade pela conduta ilegal de antigos parceiros da empresa e que tomou providências para que esse tipo de conduta não ocorra novamente. Entre as medidas, estariam amplas reformas estruturais, culturais e de governança.

O receio no mercado é que as acusações levem a KPMG ao colapso, como aconteceu com a Arthur Andersen, indiciada pelo Departamento de Justiça americano por obstrução de justiça, em conexão com sua participação no escândalo da Enron. Segundo The Wall Street Journal, muitos ex-parceiros da KPMG também estão sob ameaça de uma ação criminal.

Uma forma de evitar a perda de outra grande empresa de contabilidade, diz a reportagem, é selar um acordo, cada vez mais comum, que prevê multa pesada, estreita supervisão dos negócios pelas autoridades e profundas alterações nas práticas de negócios.

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