Kofi Annan será enviado especial da ONU para a Síria
O atual secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon afirmou que Annan 'exercerá seus bons ofícios para conseguir o fim da violência"
Da Redação
Publicado em 23 de fevereiro de 2012 às 21h55.
Nações Unidas - O ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan foi nomeado nesta quinta-feira enviado especial da organização e da Liga Árabe para negociar o fim da violência na Síria.
Em comunicado conjunto com a Liga Árabe, o atual secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon afirmou que Annan 'exercerá seus bons ofícios para conseguir o fim da violência e das violações dos direitos humanos, assim como para promover uma solução pacífica à crise síria'.
'Agradecemos a Annan que tenha aceitado esta importante missão em um momento crucial para o povo da Síria', acrescentou Ban, que anunciou ainda que, em breve, uma pessoa será selecionada entre representantes dos países árabes para o cargo de adjunto ao enviado especial.
A escolha de Annan, secretário-geral das Nações Unidas entre 1997 e 2006, foi pactuada entre Ban e o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil el-Araby, que se reuniram nesta quinta-feira em Londres, onde compareceram à conferência internacional que o governo britânico organizou sobre a Somália.
O enviado se encarregará, segundo o comunicado, de realizar 'amplas consultas e discutir com todos os interlocutores dentro e fora da Síria com o propósito de acabar com a violência e a crise humanitária, e facilitar uma solução política sem exclusões e liderada pelos sírios'.
Essa solução, disse o principal responsável da ONU, deverá cumprir 'com as aspirações democráticas do povo da Síria' e deverá consegui-lo 'por meio de um diálogo político completo entre o governo da Síria e todo o espectro da oposição'.
O nome de Kofi Annan, nascido em Gana em 1938, agraciado com o prêmio Nobel da Paz em 2001, soava com força na ONU como o eleito para ser o enviado especial à Síria, depois que Ban assimilou que era 'muito difícil' encontrar um candidato árabe que fosse aceito por Damasco, disseram nesta quinta-feira fontes diplomáticas.
Annan foi o sétimo secretário-geral da ONU, um cargo com o qual liderou delicadas missões políticas, como a que em 1998 o levou a Bagdá para convencer os iraquianos a colaborarem com os inspetores da ONU.
O maior escândalo ao que teve de enfrentar à frente da ONU foi o protagonizado pelo programa Petróleo por Comida justamente no Iraque, que atingiu, além de grandes corporações e alguns funcionários da ONU, o próprio Annan, devido às conexões de seu filho, Kojo, com uma empresa suíça provedora de serviços sob este plano.
A escolha de um enviado especial à Síria era um dos pontos incluídos na simbólica resolução que, apesar da oposição da China e da Rússia, aprovou na semana passada a Assembleia Geral por arrasadora maioria.
Na ocasião, condenou-se a violência governamental contra a população civil síria e exigiu-se ao presidente Bashar al-Assad que cumpra com o plano de transição elaborado pela Liga Árabe, que contempla sua saída do poder.
O outro nome que se cogitava para o cargo de enviado especial à Síria era, segundo fontes diplomáticas, o do ex-presidente da Finlândia e Nobel da Paz Martti Ahtisaari, que foi enviado da União Europeia (UE) e da ONU para o Kosovo.
A máxima prioridade da ONU neste momento é garantir o acesso de ajuda humanitária à Síria, uma tarefa da qual Annan se encarregará, segundo os porta-vozes de Ban.
O secretário-geral também pediu a chefe do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) do organismo, Valerie Amos, que visite a Síria para analisar a situação humanitária 'in loco' enquanto continua a onda de violência no país. EFE
Nações Unidas - O ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan foi nomeado nesta quinta-feira enviado especial da organização e da Liga Árabe para negociar o fim da violência na Síria.
Em comunicado conjunto com a Liga Árabe, o atual secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon afirmou que Annan 'exercerá seus bons ofícios para conseguir o fim da violência e das violações dos direitos humanos, assim como para promover uma solução pacífica à crise síria'.
'Agradecemos a Annan que tenha aceitado esta importante missão em um momento crucial para o povo da Síria', acrescentou Ban, que anunciou ainda que, em breve, uma pessoa será selecionada entre representantes dos países árabes para o cargo de adjunto ao enviado especial.
A escolha de Annan, secretário-geral das Nações Unidas entre 1997 e 2006, foi pactuada entre Ban e o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil el-Araby, que se reuniram nesta quinta-feira em Londres, onde compareceram à conferência internacional que o governo britânico organizou sobre a Somália.
O enviado se encarregará, segundo o comunicado, de realizar 'amplas consultas e discutir com todos os interlocutores dentro e fora da Síria com o propósito de acabar com a violência e a crise humanitária, e facilitar uma solução política sem exclusões e liderada pelos sírios'.
Essa solução, disse o principal responsável da ONU, deverá cumprir 'com as aspirações democráticas do povo da Síria' e deverá consegui-lo 'por meio de um diálogo político completo entre o governo da Síria e todo o espectro da oposição'.
O nome de Kofi Annan, nascido em Gana em 1938, agraciado com o prêmio Nobel da Paz em 2001, soava com força na ONU como o eleito para ser o enviado especial à Síria, depois que Ban assimilou que era 'muito difícil' encontrar um candidato árabe que fosse aceito por Damasco, disseram nesta quinta-feira fontes diplomáticas.
Annan foi o sétimo secretário-geral da ONU, um cargo com o qual liderou delicadas missões políticas, como a que em 1998 o levou a Bagdá para convencer os iraquianos a colaborarem com os inspetores da ONU.
O maior escândalo ao que teve de enfrentar à frente da ONU foi o protagonizado pelo programa Petróleo por Comida justamente no Iraque, que atingiu, além de grandes corporações e alguns funcionários da ONU, o próprio Annan, devido às conexões de seu filho, Kojo, com uma empresa suíça provedora de serviços sob este plano.
A escolha de um enviado especial à Síria era um dos pontos incluídos na simbólica resolução que, apesar da oposição da China e da Rússia, aprovou na semana passada a Assembleia Geral por arrasadora maioria.
Na ocasião, condenou-se a violência governamental contra a população civil síria e exigiu-se ao presidente Bashar al-Assad que cumpra com o plano de transição elaborado pela Liga Árabe, que contempla sua saída do poder.
O outro nome que se cogitava para o cargo de enviado especial à Síria era, segundo fontes diplomáticas, o do ex-presidente da Finlândia e Nobel da Paz Martti Ahtisaari, que foi enviado da União Europeia (UE) e da ONU para o Kosovo.
A máxima prioridade da ONU neste momento é garantir o acesso de ajuda humanitária à Síria, uma tarefa da qual Annan se encarregará, segundo os porta-vozes de Ban.
O secretário-geral também pediu a chefe do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) do organismo, Valerie Amos, que visite a Síria para analisar a situação humanitária 'in loco' enquanto continua a onda de violência no país. EFE