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Kerry irá a Moscou conversar com Putin sobre Síria e Turquia

Secretário de Estado americano disse que, apesar de seus interesses militares e políticos na Síria, a Rússia "tem sido construtiva" para enfrentar conflito


	O secretário de Estado americano, John Kerry: "a Rússia tem sido construtiva na ajuda para que o processo de Viena se realize"
 (Yuri Gripas/Reuters)

O secretário de Estado americano, John Kerry: "a Rússia tem sido construtiva na ajuda para que o processo de Viena se realize" (Yuri Gripas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2015 às 10h01.

Paris - O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, anunciou nesta quarta-feira que irá viajar para Moscou na próxima semana para conversas com o presidente russo, Vladimir Putin, sobre a Ucrânia e uma solução política para a Síria.

Falando durante um evento à margem das negociações da ONU sobre o clima em Paris, Kerry disse que, apesar de seus interesses militares e políticos na Síria, a Rússia "tem sido construtiva" na tentativa de encontrar uma solução política para acabar com o conflito sírio.

"Vou... viajar para Moscou dentro de uma semana e me encontrar com ele (Putin) e o chanceler (Sergei) Lavrov para tratar da Síria e da Ucrânia", disse Kerry.

"Eles nos ajudaram neste processo. A Rússia tem sido construtiva na ajuda para que o processo de Viena se realize, para que seja bem-sucedido, e acho que quer uma solução política lá." O secretário de Estado não entrou em detalhes sobre datas dos encontros.

Kerry se encontra muitas vezes com Lavrov durante eventos por todo o planeta, e essa será sua segunda viagem à Rússia este ano para conversas sobre Síria e Ucrânia. Ele se encontrou em maio com Putin na cidade de Sochi, uma estância turística russa do mar Negro.

As conversações em Moscou vão ocorrer antes de uma possível reunião em Nova York, em 18 de dezembro, na tentativa de impulsionar o processo político sírio.

Mas Kerry alertou que o encontro de Nova York depende de esforços atualmente em curso na Arábia Saudita para unir grupos da oposição síria.

Rússia, Estados Unidos, países da Europa e do Oriente Médio concordaram no mês passado, durante conversações em Viena, com um cronograma de dois anos para eleições nacionais na Síria, mas deixaram muitas questões em aberto, mais notavelmente o destino do presidente sírio, Bashar al-Assad.

A Arábia Saudita está realizando esta semana uma conferência para tentar unir os grupos rebeldes e de oposição da Síria, que estão tentando forjar uma plataforma comum para serem capaz de negociar com o governo sírio.

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