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Kerry critica tentativa 'flagrante de anexação' na Ucrânia

Secretário disse que foi estendida a 1.300 quilômetros quadrados a linha de controle que delimita o território tomado pelos rebeldes do resto da Ucrânia

O secretário de Estado americano, John Kerry: "isto é uma anexação flagrante do território e está em contravenção direta com os acordos de Minsk que assinaram" (Brendan Smialowski/AFP)

O secretário de Estado americano, John Kerry: "isto é uma anexação flagrante do território e está em contravenção direta com os acordos de Minsk que assinaram" (Brendan Smialowski/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 08h30.

Washington - O secretário de Estado americano, John Kerry, acusou nesta quarta-feira, em Washington, os separatistas pró-russos de uma tentativa "flagrante de anexação de terras" em novos combates no leste da Ucrânia, enquanto ministros das Relações Exteriores alemão, francês, russo e ucraniano pediram, em Berlim, o fim das hostilidades na região.

Os Estados Unidos estão "particularmente preocupados" com uma iniciativa rebelde de "tentar tomar o controle de uma importante rede ferroviária" no leste da Ucrânia, violando o cessar-fogo acertado em setembro, disse Kerry, o que considerou "um esforço para tentar ampliar o território que mantêm sob (seu) controle".

Depois de se reunir com a representante europeia para Assuntos Externos, Federica Mogherini, Kerry disse que foi estendida a 1.300 quilômetros quadrados a linha de controle que delimita o território tomado pelos rebeldes do resto da Ucrânia.

"Isto é uma anexação flagrante do território e está em contravenção direta com os acordos de Minsk que assinaram", acrescentou Kerry, referindo-se ao acordo de cessar-fogo.

Ele descreveu a situação como "alarmante" e disse que os Estados Unidos continuam apoiando a integridade territorial da Ucrânia e condena todas as ações que fragilizem sua soberania.

O secretário de Estado disse ter acertado com Mongherini fazer tudo o possível para ajudar a Ucrânia a cuidar de sua economia deteriorada.

Os Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções à Rússia, resultando em um golpe para a economia russa.

As sanções da UE serão revistas em março, um ano depois de terem sido impostas, mas Mogherini reforçou que "qualquer tipo de decisão sobre sanções será baseada apenas na plena implementação do acordo de Minsk".

Em Berlim, os ministros das Relações Exteriores alemão, francês, russo e ucraniano pediram o "fim das hostilidades" no leste separatista da Ucrânia, em uma declaração difundida após um encontro celebrado na noite desta quarta.

"Os ministros pedem a todas as partes para cessar as hostilidades e retirar as armas pesadas, de acordo com a linha de contato" definida pelos acordos de Minsk, destacou o comunicado.

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