Mundo

Karzai viaja aos EUA para tratar de tropas no Afeganistão

O presidente afegão se encontrará com Obama para discutir sobre a permanência de um contingente militar americano, além da retirada em 2014 da Otan


	Karzai: os governos dos EUA e do Afeganistão assinaram no ano passado um pacto estratégico para fortalecer a relação bilateral 
 (Massoud Hossaini/AFP)

Karzai: os governos dos EUA e do Afeganistão assinaram no ano passado um pacto estratégico para fortalecer a relação bilateral  (Massoud Hossaini/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 07h31.

Cabul - O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, partiu nesta segunda-feira aos Estados Unidos, onde se reunirá com o presidente americano, Barack Obama, para abordar a permanência de um contingente militar americano além da retirada em 2014 da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Segundo um comunicado divulgado à imprensa por seu escritório, o líder afegão deixou Cabul rumo a Washington pouco antes do meio-dia local, à frente de uma delegação política que fará uma visita oficial de três dias aos EUA.

Fontes oficiais consultadas pela Agência Efe explicaram que as partes abordarão assuntos como a fase final da transição da segurança, o treinamento do exército e da polícia afegãos e o processo de paz.

Karzai deve, além disso, visitar o chefe dos serviços secretos de seu país, Asadulá Khalid, que ficou ferido em um atentado talibã em dezembro e foi levado dias depois a um hospital americano para receber tratamento médico.

A imprensa americana vazou nas últimas semanas que o chefe da missão da Otan no Afeganistão (Isaf), John R. Allen, propôs a Obama diversas opções, segundo as quais poderiam permanecer entre 3 mil e 19 mil soldados norte-americanos em solo afegão a partir de 2014.

Os governos dos EUA e do Afeganistão assinaram no ano passado um pacto estratégico para fortalecer a relação bilateral e garantir uma assistência contínua de Washington ao país asiático durante a próxima década.

Onze anos após a invasão americana que forçou a queda do regime fundamentalista talibã no país, a guerra no Afeganistão vive um de seus momentos mais sangrentos.

Com Karzai, viajam hoje a Washington seus ministros das Relações Exteriores, da Defesa e das Finanças, seu Conselheiro de Segurança Nacional e a direção do Conselho de Paz afegão, o organismo encarregado de promover o diálogo com os talibãs. 

Acompanhe tudo sobre:AfeganistãoÁsiaEstados Unidos (EUA)GuerrasPaíses ricos

Mais de Mundo

Eleições nos EUA: por que escolha de vice de Trump foge do padrão

Vice de Trump aumenta preocupação na Ucrânia sobre futuro do apoio dos EUA

Argentina nega 'ressentimento' de Milei por comentários sobre o presidente na Cúpula do Mercosul

Discursos de Haley e DeSantis evidenciam duas faces do Partido Republicano

Mais na Exame