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Kan admite que situação em Fukushima continua imprevisível

Segundo a Tepco, vaso do reator 3, que contém barras de combustível, pode estar danificado

Naoto Kan, primeiro-ministro japonês: agência nuclear pode elevar grau do acidente (Kantei/Divulgação)

Naoto Kan, primeiro-ministro japonês: agência nuclear pode elevar grau do acidente (Kantei/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2011 às 21h27.

Osaka, Japão - O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, admitiu nesta sexta-feira que a situação na central nuclear de Fukushima continua sendo "muito imprevisível".

"A situação atual continua sendo muito imprevisível. Estamos atuando para impedir que a situação piore. Precisamos continuar extremamente vigilantes", declarou Kan em uma entrevista coletiva.

Segundo a empresa Tokyo Electric Power (Tepco), o vaso do reator 3 da central nuclear de Fukushima, que contém as barras de combustível, pode estar danificado.

As operações de resfriamento dos reatores da central nuclear de Fukushima (nordeste do Japão) podem durar pelo menos um mês adicional, acrescentou a companhia, depois que três funcionários foram contaminados.

"Ainda estamos avaliando os danos na central e não podemos fixar a data na qual funcionarão os equipamentos de refrigeração. Pode levar ainda mais de um mês, quem sabe", declarou um porta-voz da Tepco.

A Agência Japonesa de Segurança Nuclear anunciou que não descarta a possibilidade de elevar o nível de gravidade do acidente de Fukushima, atualmente no grau 5 em uma escala escala de 0 a 7.

"Não podemos descartar a possibilidade de elevar o nível para 6, em consequência da evolução da situação", afirmou uma fonte da agência.

As operações para religar os sistemas de resfriamento foram suspensas parcialmente após o anúncio de que três funcionários foram expostos à radiação.

Quatro reatores da central nuclear de Fukushima Daiichi (N° 1), situada 250 km ao nordeste de Tóquio, sofreram graves acidentes em consequência de uma avaria do sistema de resfriamento provocada pelo terremoto e tsunami de 11 de março.

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