Justiça grega revela "ações criminosas" de partido
Testemunhos de ex-membros do partido Aurora Dourada e um relatório judicial revelaram inúmeras "ações criminosas" do partido neonazista grego
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2013 às 09h43.
Atenas - Testemunhos de ex-membros do Aurora Dourada e um relatório judicial, publicados nesta segunda-feira, revelaram inúmeras "ações criminosas" do partido neonazista grego, incluindo operações coordenadas para espancar imigrantes paquistaneses.
O partido neonazista Aurora Dourada criou "milícias de assalto" que nos últimos anos atacaram principalmente imigrantes paquistaneses, segundo o relatório do procurador-adjunto da Suprema Corte, Charalambos Vourliotis.
"Eu participei várias vezes em ações que envolveram entre 50 e 60 motos, com duas pessoas em cada uma. Quem estava na garupa carregava uma vara com a bandeira grega e batia em todos os paquistaneses que conhecia", relatou um dos ex-militantes, citado no relatório.
O partido tem uma "estrutura estritamente hierárquica, o líder é todo-poderoso segundo o princípio de Hitler , o Führerprinzip. (...) O Aurora Dourada começou seus ataques em 1987, inicialmente contra imigrantes e mais tarde contra gregos", revela o relatório.
O promotor destaca ao se referir à ideologia racista da formação, que "para os membros do partido, que não pertence a 'tribo' são subumanos. Nesta categoria se somam os imigrantes, ciganos e deficientes".
O relatório afirma ainda que este partido, "cujos membros seguem um treinamento em estilo militar, principalmente na região da Ática (...) cometeu dezenas de ações criminosas", incluindo dois homicídios voluntários, três tentativas de homicídio e numerosos ataques contra imigrantes.
"O fenômeno mais preocupante é o recrutamento de menores para formar organizações de jovens militantes".
"A gota d'água aconteceu quando atiraram com armas contra paquistaneses. Um conseguiu fugir, mas outro foi pego, brutalmente espancado", declarou um dos ex-integrantes.
De acordo com os dois ex-militantes, colocados pela justiça sob "status de testemunhas protegidas", "nas sedes do partido havia punhais, bastões e facas".
A polícia grega, acusada de passividade frente ao Aurora Dourada, partido suspeito de estar por trás de ataques contra imigrantes, intensificou nos últimos dias as operações contra os neonazistas.
Nesta segunda-feira, a polícia continuava suas buscas nas sedes do partido, após as prisões realizadas neste fim de semana de seu líder e fundador, Nikos Michaloliakos, de seis dos 18 deputados da formação e 15 outros membros, acusados de "participação em organização criminosa" e "posse de armas".
Para determinar a qualificação de "organização criminosa", a promotoria identificou vários crimes atribuídos ao Aurora Dourada, incluindo o assassinato em 18 de setembro de Pavlos Fyssas, um músico antifascista de 34 anos, e várias tentativas de assassinato de imigrantes, bem como vários casos de violência física, principalmente contra estrangeiros.
Trinta e dois mandatos de prisão foram emitidos pela Suprema Corte no comando das investigações.
Atenas - Testemunhos de ex-membros do Aurora Dourada e um relatório judicial, publicados nesta segunda-feira, revelaram inúmeras "ações criminosas" do partido neonazista grego, incluindo operações coordenadas para espancar imigrantes paquistaneses.
O partido neonazista Aurora Dourada criou "milícias de assalto" que nos últimos anos atacaram principalmente imigrantes paquistaneses, segundo o relatório do procurador-adjunto da Suprema Corte, Charalambos Vourliotis.
"Eu participei várias vezes em ações que envolveram entre 50 e 60 motos, com duas pessoas em cada uma. Quem estava na garupa carregava uma vara com a bandeira grega e batia em todos os paquistaneses que conhecia", relatou um dos ex-militantes, citado no relatório.
O partido tem uma "estrutura estritamente hierárquica, o líder é todo-poderoso segundo o princípio de Hitler , o Führerprinzip. (...) O Aurora Dourada começou seus ataques em 1987, inicialmente contra imigrantes e mais tarde contra gregos", revela o relatório.
O promotor destaca ao se referir à ideologia racista da formação, que "para os membros do partido, que não pertence a 'tribo' são subumanos. Nesta categoria se somam os imigrantes, ciganos e deficientes".
O relatório afirma ainda que este partido, "cujos membros seguem um treinamento em estilo militar, principalmente na região da Ática (...) cometeu dezenas de ações criminosas", incluindo dois homicídios voluntários, três tentativas de homicídio e numerosos ataques contra imigrantes.
"O fenômeno mais preocupante é o recrutamento de menores para formar organizações de jovens militantes".
"A gota d'água aconteceu quando atiraram com armas contra paquistaneses. Um conseguiu fugir, mas outro foi pego, brutalmente espancado", declarou um dos ex-integrantes.
De acordo com os dois ex-militantes, colocados pela justiça sob "status de testemunhas protegidas", "nas sedes do partido havia punhais, bastões e facas".
A polícia grega, acusada de passividade frente ao Aurora Dourada, partido suspeito de estar por trás de ataques contra imigrantes, intensificou nos últimos dias as operações contra os neonazistas.
Nesta segunda-feira, a polícia continuava suas buscas nas sedes do partido, após as prisões realizadas neste fim de semana de seu líder e fundador, Nikos Michaloliakos, de seis dos 18 deputados da formação e 15 outros membros, acusados de "participação em organização criminosa" e "posse de armas".
Para determinar a qualificação de "organização criminosa", a promotoria identificou vários crimes atribuídos ao Aurora Dourada, incluindo o assassinato em 18 de setembro de Pavlos Fyssas, um músico antifascista de 34 anos, e várias tentativas de assassinato de imigrantes, bem como vários casos de violência física, principalmente contra estrangeiros.
Trinta e dois mandatos de prisão foram emitidos pela Suprema Corte no comando das investigações.