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Justiça de Nova York nega pagamento de fiança a Strauss-Khan

Segundo a decisão, diretor do FMI deve permanecer preso pois apresenta "risco de fuga" e não tem razões para permanecer nos Estados Unidos

Dominique Strauss-Kahn e seu advogado ouvem a decisão da juíza: ele alega inocência (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 14h42.

Nova York - Uma juíza de Nova York negou nesta segunda-feira ao diretor geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, o direito de aguardar seu julgamento em liberdade, através do pagamento de fiança.

A juíza Melissa Jackson considerou que Strauss-Kahn, acusado de agressão sexual e tentativa de estupro contra a camareira de um hotel, deve permanecer detido porque há "risco de fuga".

A promotoria argumentou que o veterano político francês não tem um incentivo para permanecer nos Estados Unidos até o julgamento, tendo à disposição plenos recursos para ir embora se assim o desejar.

Strauss-Kahn "é cidadão da França, país que não extradita seus cidadãos para os Estados Unidos. Se ele viajar para a França, não teremos mecanismos legais para garantir seu regresso", indicou o promotor no tribunal.

Além disso, os promotores destacaram o fato de que Dominique Strauss-Kahn já se envolveu no passado em situação semelhante "pelo menos uma vez", o que configuraria antecedente penal.

"Há informações de que ele já foi associado a uma conduta semelhante a esta em pelo menos mais uma ocasião", declarou o magistrado de acusação.

A próxima audiência do caso foi marcada para a próxima sexta-feira, 20 de maio. Até lá, o acusado permanecerá sob custódia da justiça americana.

A defesa ofereceu o pagamento de um milhão de dólares em dinheiro vivo para que Strauss-Kahn ganhasse a condicional, mas a proposta foi rejeitada.

O diretor gerente do Fundo Monetário Internacional negou todas as acusações apresentadas contra ele na corte, que incluem agressão sexual, cárcere privado e tentativa de estupro.

A pena máxima para as sete acusações apresentadas contra ele é de 74 anos e três meses de prisão.

Benjamin Brafman, um de seus advogados, disse estar "decepcionado" com a decisão judicial, mas afirmou que "a batalha está apenas começando".


Strauss-Kahn foi preso no sábado, poucos minutos antes de decolar para a Europa em um voo da Air France do aeroporto JFK em Nova York. Ele foi acusado de tentativa de estupro pela camareira de um hotel da rede Sofitel.


Segundo uma fonte do grupo Accor, dono do Sofitel, Strauss-Kahn deixou o hotel entre as 12h28 e 12h38 de sábado, minutos após a suposta agressão.

"A funcionária da limpeza entrou em seu quarto ao meio-dia, e ele fez o check-out entre as 12h28 e 12h38 no horário local", indicou esta fonte, que pediu para não ser identificada.

O grupo Accor confirmou oficialmente que o diretor-gerente do FMI disse à recepcionista que estava deixando o hotel, mas negou-se a informar por quanto tempo ele pretendia permanecer hospedado.

A fonte ouvida pela AFP, entretanto, explicou que uma vez que um hóspede passa pelo procedimento de check-out, é impossível retornar ao quarto.

Benjamin Brafman, entretanto, garantiu que seu cliente não saiu em fuga do hotel, afirmando que ele saíra apenas para almoçar.

"A razão pela qual saiu apressado é que tinha um horário marcado para almoçar com uma pessoa, que deporá no caso", declarou o advogado perante a juíza nesta segunda-feira.

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Nova York - Uma juíza de Nova York negou nesta segunda-feira ao diretor geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, o direito de aguardar seu julgamento em liberdade, através do pagamento de fiança.

A juíza Melissa Jackson considerou que Strauss-Kahn, acusado de agressão sexual e tentativa de estupro contra a camareira de um hotel, deve permanecer detido porque há "risco de fuga".

A promotoria argumentou que o veterano político francês não tem um incentivo para permanecer nos Estados Unidos até o julgamento, tendo à disposição plenos recursos para ir embora se assim o desejar.

Strauss-Kahn "é cidadão da França, país que não extradita seus cidadãos para os Estados Unidos. Se ele viajar para a França, não teremos mecanismos legais para garantir seu regresso", indicou o promotor no tribunal.

Além disso, os promotores destacaram o fato de que Dominique Strauss-Kahn já se envolveu no passado em situação semelhante "pelo menos uma vez", o que configuraria antecedente penal.

"Há informações de que ele já foi associado a uma conduta semelhante a esta em pelo menos mais uma ocasião", declarou o magistrado de acusação.

A próxima audiência do caso foi marcada para a próxima sexta-feira, 20 de maio. Até lá, o acusado permanecerá sob custódia da justiça americana.

A defesa ofereceu o pagamento de um milhão de dólares em dinheiro vivo para que Strauss-Kahn ganhasse a condicional, mas a proposta foi rejeitada.

O diretor gerente do Fundo Monetário Internacional negou todas as acusações apresentadas contra ele na corte, que incluem agressão sexual, cárcere privado e tentativa de estupro.

A pena máxima para as sete acusações apresentadas contra ele é de 74 anos e três meses de prisão.

Benjamin Brafman, um de seus advogados, disse estar "decepcionado" com a decisão judicial, mas afirmou que "a batalha está apenas começando".


Strauss-Kahn foi preso no sábado, poucos minutos antes de decolar para a Europa em um voo da Air France do aeroporto JFK em Nova York. Ele foi acusado de tentativa de estupro pela camareira de um hotel da rede Sofitel.


Segundo uma fonte do grupo Accor, dono do Sofitel, Strauss-Kahn deixou o hotel entre as 12h28 e 12h38 de sábado, minutos após a suposta agressão.

"A funcionária da limpeza entrou em seu quarto ao meio-dia, e ele fez o check-out entre as 12h28 e 12h38 no horário local", indicou esta fonte, que pediu para não ser identificada.

O grupo Accor confirmou oficialmente que o diretor-gerente do FMI disse à recepcionista que estava deixando o hotel, mas negou-se a informar por quanto tempo ele pretendia permanecer hospedado.

A fonte ouvida pela AFP, entretanto, explicou que uma vez que um hóspede passa pelo procedimento de check-out, é impossível retornar ao quarto.

Benjamin Brafman, entretanto, garantiu que seu cliente não saiu em fuga do hotel, afirmando que ele saíra apenas para almoçar.

"A razão pela qual saiu apressado é que tinha um horário marcado para almoçar com uma pessoa, que deporá no caso", declarou o advogado perante a juíza nesta segunda-feira.

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