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Juízes do caso contra ONGs no Egito abandonam processo

Embora os juízes não tenham oferecido detalhes sobre sua decisão, esta pode ser considerada como 'muito normal' no Egito e pode estar motivada por 'razões políticas'

O presidente da Corte de Apelações deverá designar um novo tribunal para se encarregar do caso (GettyImages)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2012 às 20h53.

Cairo - Os juízes encarregados de processar 43 funcionários de ONGs , entre eles 19 americanos, acusados de financiamento ilícito, se retiraram do caso nesta terça-feira, informaram à Agência Efe fontes da defesa.

O advogado Sarwat Abd El-Shahid explicou que, embora os juízes não tenham oferecido detalhes sobre sua decisão, esta pode ser considerada como 'muito normal' no Egito e pode estar motivada por 'razões políticas'.

'É muito normal que (os juízes) tenham se retirado. Há uma componente política neste caso, e eles não querem que suas carreiras sejam afetadas por ela', assinalou Shahid, que disse que, em sua qualidade de antigo magistrado, pode 'entendê-lo perfeitamente'.

Agora, o presidente da Corte de Apelações deverá designar um novo tribunal para se encarregar do caso, que provocou grandes atritos entre Egito e Estados Unidos.

Apesar de tudo, Shahid se mostrou convencido de que a nova composição do tribunal 'não afetará o processo', que começou no domingo passado, quando apenas 14 egípcios compareceram à corte, que adiou o processo para o dia 26 de abril. O objetivo é dar tempo à preparação das partes, informaram à Agência Efe fontes de segurança.

Shahid afirmou que os réus estrangeiros não compareceram à audiência porque não teriam recebido nenhuma notificação judicial a respeito.

Justo nesta terça-feira, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que os EUA estão se aproximando de uma solução na disputa com o Egito sobre o julgamento dos ativistas de várias ONGs, entre as quais há quatro entidades americanas e uma alemã.

'Tivemos algumas conversas muito difíceis e acho que estamos nos aproximando de uma resolução', anunciou Hillary no comitê de Despesas do Senado americano.

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'É muito normal que (os juízes) tenham se retirado. Há uma componente política neste caso, e eles não querem que suas carreiras sejam afetadas por ela', assinalou Shahid, que disse que, em sua qualidade de antigo magistrado, pode 'entendê-lo perfeitamente'.

Agora, o presidente da Corte de Apelações deverá designar um novo tribunal para se encarregar do caso, que provocou grandes atritos entre Egito e Estados Unidos.

Apesar de tudo, Shahid se mostrou convencido de que a nova composição do tribunal 'não afetará o processo', que começou no domingo passado, quando apenas 14 egípcios compareceram à corte, que adiou o processo para o dia 26 de abril. O objetivo é dar tempo à preparação das partes, informaram à Agência Efe fontes de segurança.

Shahid afirmou que os réus estrangeiros não compareceram à audiência porque não teriam recebido nenhuma notificação judicial a respeito.

Justo nesta terça-feira, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que os EUA estão se aproximando de uma solução na disputa com o Egito sobre o julgamento dos ativistas de várias ONGs, entre as quais há quatro entidades americanas e uma alemã.

'Tivemos algumas conversas muito difíceis e acho que estamos nos aproximando de uma resolução', anunciou Hillary no comitê de Despesas do Senado americano.

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