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Juiz aprova liquidação do Lehman Brothers por US$ 65 bilhões

Três anos após recorrer à lei de falência, banco espera começar a devolver os US$ 65 bilhões a seus credores a partir do ano que vem

Banco se viu forçado a declarar falência em setembro de 2008 ao não obter respaldo da Casa Branca para resgatá-lo com dinheiro público (Oli Scarff/Getty Images)

Banco se viu forçado a declarar falência em setembro de 2008 ao não obter respaldo da Casa Branca para resgatá-lo com dinheiro público (Oli Scarff/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 19h30.

Nova York - Um juiz federal de Nova York aprovou nesta terça-feira o plano de liquidação de US$ 65 bilhões proposto pelo banco de investimentos Lehman Brothers mais de três anos após protagonizar a maior quebra da história de Wall Street.

A informação foi confirmada à Agência Efe por um porta-voz da empresa encarregada da liquidação, que detalhou que o juiz James Peck, do Tribunal de Concordatas de Manhattan, aceitou a proposta após resolver os últimos litígios colocados por alguns credores do banco.

Três anos após recorrer à lei de falência e uma vez aprovada a proposta de reestruturação, o Lehman Brothers espera começar a devolver os US$ 65 bilhões a seus credores a partir do ano que vem.

'A confirmação do plano é uma prova dos enormes esforços de muitos acionistas que reconheceram o valor de um compromisso econômico e fizeram um grande trabalho para alcançá-lo', afirmou a empresa de consultoria Álvarez & Marsal, responsável pela liquidação.

O interventor acrescentou que as reivindicações contra o banco de investimentos ascendam a um total de US$ 370 bilhões, segundo os termos do último plano de reorganização apresentado em junho.

Um relatório encomendado pelo tribunal determinou no ano passado que os responsáveis pelo banco de investimento maquiaram suas contas para esconder o mal estado econômico do gigante de Wall Street para investidores, entidades reguladoras e agências de qualificação.

O Lehman Brothers, que foi objeto de 65 mil processos de credores, no valor de US$ 875 bilhões, se viu forçado a declarar falência em setembro de 2008 ao não obter respaldo da Casa Branca para resgatá-lo com dinheiro público.

A quebra do gigante bancário afetou o sistema financeiro americano e provocou um efeito dominó que arrastou o país para sua crise mais prolongada desde a Grande Depressão. 

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