Mundo

Juiz acusa criminalmente pai e filho por tiroteio em escola na Geórgia, nos EUA

Adolescente não enfrentará a pena de morte por ser menor de 18 anos, mas poderá ser condenado à pena máxima de prisão perpétua sem liberdade condicional

EFE
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 6 de setembro de 2024 às 14h17.

Tudo sobreEstados Unidos (EUA)
Saiba mais

O jovem Colt Gray, de 14 anos, e seu pai, Colin Gray, de 54, foram acusados nesta sexta-feira, em um tribunal no estado da Geórgia, pelo tiroteio ocorrido na quarta-feira passada em uma escola de ensino secundário na cidade de Winder que matou quatro pessoas, duas delas estudantes.

O magistrado estadual Currie Mingledorff leu as acusações para o adolescente, o primeiro a comparecer ao Tribunal do Circuito de Piedmont, que foi informado de que, se for considerado culpado, não enfrentará a pena de morte por ser menor de 18 anos, mas poderá ser condenado à pena máxima de prisão perpétua sem liberdade condicional.

De acordo com a lei estadual da Geórgia, Colt Gray, que compareceu com um advogado nomeado pelo tribunal e não solicitou fiança, está sendo julgado como adulto pelo tiroteio na Apalachee High School, pelo qual novas acusações podem ser acrescentadas durante o julgamento.

Pouco depois da breve audiência de Gray (cerca de dez minutos), seu pai, Colin Gray, apareceu e também recebeu formalmente um total de 14 acusações de homicídio culposo, homicídio em segundo grau e crueldade contra menores, relacionadas ao fato de supostamente ter permitido que seu filho tivesse acesso à arma.

O pai foi preso na quinta-feira em conexão com o tiroteio na escola e por ter dado ao filho uma arma de fogo e saber que "ele era uma ameaça para si mesmo e para os outros", de acordo com o mandado de prisão.

Colin Gray, visivelmente emocionado e supostamente soluçando enquanto ouvia o magistrado, pode pegar até 180 anos de prisão se for condenado, disse o juiz Mingledorff na audiência.

De acordo com a advogada nomeada pelo tribunal, Donna Seagraves, o pai também não solicitou fiança, acrescentando que seria representado por outro advogado nas próximas audiências. O juiz marcou provisoriamente as audiências preliminares de ambos os réus para 4 de dezembro.

Na sala de audiências estavam parentes das vítimas e dos feridos, aos quais o magistrado agradeceu pela compostura.

O ataque desencadeado pelo jovem Gray matou os estudantes Mason Schermerhorn e Christian Angulo, de 14 anos, além dos professores de Matemática Richard Aspinwall, de 39, e Cristina Irimie, de 53.

Além das quatro vítimas fatais, o tiroteio, o 45º em uma escola nos EUA até o momento em 2024, de acordo com uma contagem da emissora "CNN", feriu nove pessoas, todas com armas de fogo, exceto duas, de acordo com fontes policiais.

Gray, que usava uma arma do tipo fuzil semiautomático AR-15, havia sido investigado há um ano pelo FBI (polícia federal americana) da Geórgia por supostamente ameaçar um tiroteio em uma escola pela internet, sendo então interrogado juntamente com seu pai.

Nesse interrogatório, o jovem negou ser responsável pelas ameaças e seu pai disse que tinha armas em casa, mas que elas estavam protegidas do filho.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Payroll: desemprego nos EUA cai para 4,2% em agosto e aposta é que FED cortará juros em 0,5 pp

Londres cria linha de ônibus entre bairros com comunidades judaicas para segurança; entenda

Supertufão Yagi ameaça Sul da China com ventos de 240km/h; país entra em alerta

Processo criminal contra González Urrutia visa “tirá-lo do jogo político” da Venezuela, diz advogado

Mais na Exame