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Jubileu de Elizabeth II fica ofuscado pelo rei do Bahrein

Almoço ficou cercado de polêmica devido à presença do rei do Bahrein e à ausência da coroa espanhola pelos recentes atritos sobre Gibraltar

O almoço ocorreu no castelo de Windsor, a residência onde a rainha passa os fins de semana a 40 km de Londres (John Stillwell/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2012 às 13h59.

Windsor - A rainha Elizabeth II da Inglaterra entreteve nesta sexta-feira meia centena de membros da realeza mundial com um almoço por seu Jubileu de Diamante, cercado de polêmica devido à presença do rei do Bahrein e à ausência da coroa espanhola pelos recentes atritos sobre Gibraltar.

Vestida com uma roupa cinza clara, a soberana britânica de 86 anos recebeu seus convidados acompanhada do marido, o duque de Edimburgo, e de outros membros da família, como William e Kate, no castelo de Windsor, a residência onde passa os fins de semana a 40 km de Londres.

A presença do rei do Bahrein, Hamad Bin Isa al-Khalifa, criticado pela violenta repressão das manifestações em seu país há mais de um ano, foi a que mais irritou os defensores dos direitos humanos, que denunciaram a presença no banquete de vários "tiranos reais".

Outros nomes polêmicos na lista confirmada finalmente pelo palácio de Buckingham são o príncipe Mohammed bin Nawaf bin Abdul Aziz al Saud, da Arábia Saudita, o sultão Hassanal Bolkiah de Brunei, o xeque Nasser Mohammed al Khabar al Sabah, do Kuwait, e o rei da Suazilândia Mswati III, acusado de levar uma vida perdulária enquanto seu povo morre de fome.

Com exceção de algumas pessoas que apoiavam o rei do Bahrein, nenhum manifestante se deslocou nesta sexta-feira a Windsor, onde havia um leve dispositivo de segurança.

Os únicos que protestavam eram os turistas frustrados pelo fechamento excepcional do castelo, como uma sexagenária que se queixava de ter feito "toda a viagem desde o Canadá para isto!".

Os curiosos precisaram se conformar com o desfile de limusines, em muitos casos sem ver seus ocupantes, entre os quais também se destacavam o imperador Akihito do Japão e o rei Abdullah da Jordânia com sua esposa Rania.


As casa reais europeias responderam positivamente ao convite da rainha Elizabeth II, que no dia 6 de fevereiro completou 60 anos no trono, com a única exceção da espanhola.

A rainha Sofia precisou cancelar sua viagem depois que o governo a considerou "pouco adequada" devido à tensão com o Reino Unido por um conflito pesqueiro com Gibraltar e pela visita iminente do filho mais novo da rainha, o príncipe Edward, a este território britânico reivindicado pela Espanha.

A ausência dos monarcas espanhóis - o rei Juan Carlos desistiu após as duas operações as quais foi submetido depois de uma polêmica caça no mês passado em Botsuana - foi duramente criticada pela imprensa, que a classificou de forma quase unânime de "falta de elegância".

Aparecem na foto familiar do Jubileu Alberto II da Bélgica, Margrethe da Dinamarca, Beatrix da Holanda, Harald da Noruega, Carl Gustaf da Suécia, o grão-duque Henri-Albert de Luxemburgo e o príncipe Albert de Mônaco, acompanhados na maioria dos casos de seus cônjuges.

O menu era composto de tarteletas de ovos escalfados com aspargos ingleses, cordeiro de Windsor com alcachofras e ervilhas, e morangos de Kent com charlotte de baunilha.

A maioria dos convidados, embora desta vez sem a homenageada, voltarão a se encontrar à noite no jantar oferecido pelo príncipe Charles, herdeiro do trono, no palácio londrino de Buckingham.

O rei do Bahrein não participará, mas os manifestantes estão convocados para protestar em frente aos portões do palácio contra os "monarcas ditadores".

"Convidar estes ditadores empapados de sangue desonra a monarquia e ofusca as celebrações do Jubileu de Diamante. É uma traição cruel aos ativistas pró-democracia e aos presos políticos que sofrem sob estes regimes reais autoritários", disse um de seus organizadores, o conhecido ativista de direitos humanos Peter Thatchell.

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Vestida com uma roupa cinza clara, a soberana britânica de 86 anos recebeu seus convidados acompanhada do marido, o duque de Edimburgo, e de outros membros da família, como William e Kate, no castelo de Windsor, a residência onde passa os fins de semana a 40 km de Londres.

A presença do rei do Bahrein, Hamad Bin Isa al-Khalifa, criticado pela violenta repressão das manifestações em seu país há mais de um ano, foi a que mais irritou os defensores dos direitos humanos, que denunciaram a presença no banquete de vários "tiranos reais".

Outros nomes polêmicos na lista confirmada finalmente pelo palácio de Buckingham são o príncipe Mohammed bin Nawaf bin Abdul Aziz al Saud, da Arábia Saudita, o sultão Hassanal Bolkiah de Brunei, o xeque Nasser Mohammed al Khabar al Sabah, do Kuwait, e o rei da Suazilândia Mswati III, acusado de levar uma vida perdulária enquanto seu povo morre de fome.

Com exceção de algumas pessoas que apoiavam o rei do Bahrein, nenhum manifestante se deslocou nesta sexta-feira a Windsor, onde havia um leve dispositivo de segurança.

Os únicos que protestavam eram os turistas frustrados pelo fechamento excepcional do castelo, como uma sexagenária que se queixava de ter feito "toda a viagem desde o Canadá para isto!".

Os curiosos precisaram se conformar com o desfile de limusines, em muitos casos sem ver seus ocupantes, entre os quais também se destacavam o imperador Akihito do Japão e o rei Abdullah da Jordânia com sua esposa Rania.


As casa reais europeias responderam positivamente ao convite da rainha Elizabeth II, que no dia 6 de fevereiro completou 60 anos no trono, com a única exceção da espanhola.

A rainha Sofia precisou cancelar sua viagem depois que o governo a considerou "pouco adequada" devido à tensão com o Reino Unido por um conflito pesqueiro com Gibraltar e pela visita iminente do filho mais novo da rainha, o príncipe Edward, a este território britânico reivindicado pela Espanha.

A ausência dos monarcas espanhóis - o rei Juan Carlos desistiu após as duas operações as quais foi submetido depois de uma polêmica caça no mês passado em Botsuana - foi duramente criticada pela imprensa, que a classificou de forma quase unânime de "falta de elegância".

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O menu era composto de tarteletas de ovos escalfados com aspargos ingleses, cordeiro de Windsor com alcachofras e ervilhas, e morangos de Kent com charlotte de baunilha.

A maioria dos convidados, embora desta vez sem a homenageada, voltarão a se encontrar à noite no jantar oferecido pelo príncipe Charles, herdeiro do trono, no palácio londrino de Buckingham.

O rei do Bahrein não participará, mas os manifestantes estão convocados para protestar em frente aos portões do palácio contra os "monarcas ditadores".

"Convidar estes ditadores empapados de sangue desonra a monarquia e ofusca as celebrações do Jubileu de Diamante. É uma traição cruel aos ativistas pró-democracia e aos presos políticos que sofrem sob estes regimes reais autoritários", disse um de seus organizadores, o conhecido ativista de direitos humanos Peter Thatchell.

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