Jovens mantêm protestos na Espanha após vitória da oposição
O conservador Partido Popular (PP) venceu as eleições regionais e municipais deste domingo
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2011 às 10h16.
Madri - Os jovens acampados em diversos pontos da Espanha para pedir mudanças políticas e sociais mantiveram nesta segunda-feira os protestos e tentaram se desvincular dos resultados eleitorais deste domingo, que deram uma esmagadora vitória ao conservador Partido Popular (PP).
Na Porta do Sol, em Madri, epicentro do chamado "Movimento 15-M" (devido ao dia em que começaram os protestos, 15 de maio), os manifestantes, cujo número diminuiu com relação aos dias anteriores, se recusaram a comentar os resultados das eleições regionais e municipais deste domingo.
"Como movimento não vamos dizer nada sobre as eleições" porque "o foco da nossa batalha é outro", disse à Agência Efe um dos porta-vozes da comissão de comunicação, que atribuiu a queda no número de acampados ao fato de que é segunda-feira e muita gente tem que voltar ao trabalho.
Os também conhecidos como "indignados" consideram "injusto" que seja atribuído a eles alguma responsabilidade em relação aos resultados eleitorais e consideram que são os partidos políticos que devem assumir as consequências, acrescentou o porta-voz.
Embora o Movimento 15-M defenda propostas muito heterogêneas e tenha fugido dos rótulos políticos, às vésperas das eleições alguns de seus membros instaram os espanhóis a não votar, votar em branco ou fazê-lo pelos partidos minoritários.
Os manifestantes recomendaram que não se votasse nos dois principais partidos do país, o governista Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o opositor Partido Popular (PP), aos quais responsabilizam por grande parte da situação.
Os acampados devem manter seu protesto na praça madrilena, o "quilômetro zero" de todo o país, até o domingo, embora as assembleias que decidirão se a data será prorrogada ou se o ato prosseguirá de forma alternativa.
"Estamos aqui para ficar", insistiu o porta-voz do Movimento, focado em elaborar propostas a partir das sugestões que os cidadãos continuam depositando nas caixas do correio distribuídos pela Porta do Sol.
Em Barcelona também caiu o número de pessoas que passaram a noite acampadas na Praça Catalunha, onde os jovens demonstraram indiferença diante dos resultados das eleições do domingo, ao considerarem que o sistema atual está "caduco".
Os protestos também continuavam em outras cidades espanholas, como Zaragoza, Granada e Sevilha.
O conservador PP, o principal partido de oposição na Espanha, obteve uma arrasadora vitória tanto nas eleições municipais como regionais do domingo, nas quais triunfaram sobre os socialistas em alguns de seus redutos eleitorais.
As mobilizações começaram no dia 15 de maio na Porta do Sol, em Madri, e no centro de outras cidades espanholas.
O Movimento 15-M reivindica, entre outras coisas, uma mudança no sistema que conduziu à grave crise econômica registrada na Espanha, onde a taxa de desemprego supera os 20% da população ativa, sendo que mais de 40% se concentra em jovens abaixo dos 25 anos.
Madri - Os jovens acampados em diversos pontos da Espanha para pedir mudanças políticas e sociais mantiveram nesta segunda-feira os protestos e tentaram se desvincular dos resultados eleitorais deste domingo, que deram uma esmagadora vitória ao conservador Partido Popular (PP).
Na Porta do Sol, em Madri, epicentro do chamado "Movimento 15-M" (devido ao dia em que começaram os protestos, 15 de maio), os manifestantes, cujo número diminuiu com relação aos dias anteriores, se recusaram a comentar os resultados das eleições regionais e municipais deste domingo.
"Como movimento não vamos dizer nada sobre as eleições" porque "o foco da nossa batalha é outro", disse à Agência Efe um dos porta-vozes da comissão de comunicação, que atribuiu a queda no número de acampados ao fato de que é segunda-feira e muita gente tem que voltar ao trabalho.
Os também conhecidos como "indignados" consideram "injusto" que seja atribuído a eles alguma responsabilidade em relação aos resultados eleitorais e consideram que são os partidos políticos que devem assumir as consequências, acrescentou o porta-voz.
Embora o Movimento 15-M defenda propostas muito heterogêneas e tenha fugido dos rótulos políticos, às vésperas das eleições alguns de seus membros instaram os espanhóis a não votar, votar em branco ou fazê-lo pelos partidos minoritários.
Os manifestantes recomendaram que não se votasse nos dois principais partidos do país, o governista Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o opositor Partido Popular (PP), aos quais responsabilizam por grande parte da situação.
Os acampados devem manter seu protesto na praça madrilena, o "quilômetro zero" de todo o país, até o domingo, embora as assembleias que decidirão se a data será prorrogada ou se o ato prosseguirá de forma alternativa.
"Estamos aqui para ficar", insistiu o porta-voz do Movimento, focado em elaborar propostas a partir das sugestões que os cidadãos continuam depositando nas caixas do correio distribuídos pela Porta do Sol.
Em Barcelona também caiu o número de pessoas que passaram a noite acampadas na Praça Catalunha, onde os jovens demonstraram indiferença diante dos resultados das eleições do domingo, ao considerarem que o sistema atual está "caduco".
Os protestos também continuavam em outras cidades espanholas, como Zaragoza, Granada e Sevilha.
O conservador PP, o principal partido de oposição na Espanha, obteve uma arrasadora vitória tanto nas eleições municipais como regionais do domingo, nas quais triunfaram sobre os socialistas em alguns de seus redutos eleitorais.
As mobilizações começaram no dia 15 de maio na Porta do Sol, em Madri, e no centro de outras cidades espanholas.
O Movimento 15-M reivindica, entre outras coisas, uma mudança no sistema que conduziu à grave crise econômica registrada na Espanha, onde a taxa de desemprego supera os 20% da população ativa, sendo que mais de 40% se concentra em jovens abaixo dos 25 anos.