Jovem que colocou bomba em metrô de Londres é condenado à prisão
Damon Smith, de 20 anos, foi detido em outubro do ano passado após deixar uma mochila com o explosivo em um vagão do metrô
AFP
Publicado em 26 de maio de 2017 às 11h25.
Um estudante universitário britânico de 20 anos, sem vínculos com qualquer grupo, foi condenado nesta sexta-feira a 15 anos de prisão por ter deixado uma bomba no metrô de Londres em outubro de 2016.
A sentença foi anunciada quatro dias após o atentado, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, que deixou 22 mortos e 75 feridos em Manchester, cidade no noroeste da Inglaterra.
O juiz Richard Marks mencionou o incidente de segunda-feira em sua sentença, ao aludir ao "medo em que todos nós vivemos pelo uso de bombas aqui e em todo o mundo, do qual nos lembramos em Manchester esta semana".
Damon Smith construiu o artefato seguindo as instruções em um artigo da Al-Qaeda intitulado "Faça uma bomba na cozinha de sua mãe", e o deixou em uma mochila em um vagão do metrô da capital em 20 de outubro do ano passado, mas os passageiros perceberam a ação e alertaram o maquinista.
O maquinista inicialmente estimou que se tratava de um objeto perdido, mas vendo alguns cabos saindo da mochila acionou as autoridades.
O jovem foi capturado graças às imagens das câmeras de segurança que o mostraram saindo do trem deixando para trás o dispositivo, contendo explosivos e estilhaços.
Smith se declarou culpado apenas de ameaça falsa de bomba, enquanto um tribunal de Londres considerou-o culpado do crime mais grave, posse de explosivos com a intenção de usá-los.
Durante o julgamento, sua defesa apresentou um relatório afirmando que o acusado sofre de uma forma de autismo.
Sue Hemming, a promotora do caso, afirmou em um comunicado que "embora ele tenha afirmado que era uma piada, a bomba deixada no trem foi claramente projetada para causar ferimentos horríveis."