O presidente russo, Vladimir Putin (e), e o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, em fórum: jornalistas "passaram dos limites", segundo autoridades (Mast Irham/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de outubro de 2013 às 10h46.
Nusa Dua - As autoridades indonésias, anfitriãs do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), retiraram as credenciais de um grupo de jornalistas de Hong Kong depois que repórteres fizeram perguntas aos gritos ao presidente filipino, alegando ameaças de segurança.
Apesar dos protestos do principal grupo de comunicação de Hong Kong, o porta-voz do presidente filipino, Benigno Aquino, disse que os jornalistas "passaram dos limites" com perguntas agressivas sobre a intervenção policial para acabar com o sequestro de turistas de Hong Kong em 2010, uma ação que terminou com oito mortos.
"Consideramos que é impróprio que a imprensa se comporte desta maneira, pois não falaram normalmente, gritaram como se estivessem em um protesto", disse Gatot Dewa Broto, diretor do centro de imprensa da APEC em Bali e funcionário do ministério das Comunicações da Indonésia.
"Fizemos isto por medida de segurança", completou.
Quatro jornalistas e cinco funcionários da parte técnica perderam as credenciais.
Eles trabalham para a Now TV, RTHK e Commercial Radio de Hong Kong.
Os jornalistas perguntaram a Aquino se ele teria uma reunião com o governante de Hong Kong, Leung Chun-ying, para pedir desculpas às famílias das vítimas.
O presidente filipino não respondeu e a equipe que organiza a APEC acusou os repórteres de "emboscada contra um de nossos visitantes".
Os jornalistas afetados podem permanecer em Bali, mas não têm acesso ao centro de imprensa nem às atividades do fórum, que acontece em Nusa Dua, ao sul da ilha de Bali.