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Jornalista que 'atacou' Partido Comunista chinês pega 15 anos de prisão

É uma das sentenças mais severas contra uma pessoa crítica ao governo de Xi Jinping, que vem tendo sua gestão sobre a pandemia da covid-19 questionada

Bandeira do Partido Comunista colocada na entrada de um complexo residencial de Pequim (AFP/AFP Photo)
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AFP

Publicado em 1 de maio de 2020 às 15h10.

Última atualização em 1 de maio de 2020 às 20h18.

Bandeira do Partido Comunista colocada na entrada de um complexo residencial de Pequim (AFP/AFP Photo)

Um jornalista chinês acusado de "denegrir" o Partido Comunista e o governo foi condenado a 15 anos de prisão, anunciou um tribunal em comunicado.

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É uma das sentenças mais severas contra uma pessoa crítica ao governo do presidente Xi Jinping , alvo de acusações há semanas por sua gestão da epidemia de COVID-19.

O blogueiro Chen Jieren, ex-funcionário do jornal oficialista Diário do Povo, foi condenado na quinta-feira pelo Tribunal Popular do condado de Guiyang, na província central de Hunan.

Ele foi condenado "por causar distúrbios, extorsão, comércio ilegal e corrupção", segundo o tribunal, que também o multou em 7 milhões de yuans (US$ 1,09 milhão).

Nas suas conclusões, o tribunal afirma que, desde 2015, o condenado difundiu "informações falsas" nas redes sociais, com o objetivo de obter, mediante chantagem, dinheiro das pessoas citadas em seus artigos.

Também "atacou e denegriu o Partido e o governo, o Judiciário e seu pessoal", segundo o tribunal. O blogueiro foi condenado junto com duas outras pessoas.

Em um comunicado, a organização de Defensores de Direitos Humanos da China (CHRD) pediu a Pequim que libertasse imediatamente o jornalista.

A associação considera a sentença inédita. É mais grave, por exemplo, do que os 12 anos de prisão impostos a Huang Oi, fundador de um site de direitos humanos.

De acordo com a CHRD, Chen Jieren foi preso em meados de 2018, pouco depois de publicar artigos em seu site acusando altos funcionários locais de corrupção.

Segundo a mesma fonte, o jornalista trabalhou anteriormente para o Jornal da Juventude, Jornal de Pequim e Diário do Povo, órgão do partido no poder. Foi demitido de todos esses veículos por artigos críticos ao regime.

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