Tarawneh, um economista nascido em 1949 e educado nos EUA, é descendente de uma família de políticos ligada à monarquia (Khalil Mazraawi/AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2012 às 17h55.
Amã - Milhares de jordanianos saíram nesta sexta-feira às ruas de Amã e de outras cidades do país para protestar contra a nomeação do novo primeiro-ministro, Fayez Tarawneh, e pediram a dissolução da Câmara baixa do Parlamento.
Segundo verificou a Agência Efe, centenas de membros da Frente de Ação Islâmica, principal partido de oposição, e de outras formações se manifestaram em frente à mesquita Grande Hussein, no centro da capital, para reivindicar eleições governamentais.
Em um dos cartazes dos manifestantes podia ler-se a mensagem "Não queremos uma mera mudança de Governo, necessitamos uma mudança de políticas". Os jordanianos se referiam à renúncia na última quinta do premiê Awn Khasawneh, substituído por Tarawneh pelo monarca Abdullah II. No país, o primeiro- ministro é designado pelo rei e forma o Executivo.
Palavras de ordem como "Sabemos quem vão ser os ministros" e "Queremos uma nova lei eleitoral" foram ditas pelos manifestantes. Protestos similares ocorreram em outras localidades como "Ma"an" (sul) e Karak (oeste).
A renúncia de Khasawneh, seis meses após ocupar o cargo, ocorreu pela demora na adoção de reformas políticas exigidas pela população em um ano de protestos, informaram fontes oficiais consultadas pela Efe. Outro motivo seria o fracasso do Executivo em apresentar uma nova lei eleitoral, que seja aceita por todos os partidos, para a realização de um pleito no final deste ano.
Tarawneh, um economista nascido em 1949 e educado nos EUA, é descendente de uma família de políticos ligada à monarquia. O novo premiê, inclusive, ocupou a chefia do Executivo entre agosto de 1998 e março de 1999, e depois se transformou no chefe da Casa Real. A previsão é que ele realize a formação do novo Governo na próxima segunda-feira.