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Jihadistas e palestinos pactuam fim de choques em Yarmouk

Combatentes jihadistas e várias facções palestinas chegaram a um acordo para pôr fim aos choques no campo de refugiados palestinos de Al Yarmouk

Refugiados no campo de Al Yarmouk, no sul de Damasco, na Síria: em Al Yarmouk vivem cerca de 18 mil palestinos (SANA/Handout via Reuters)

Refugiados no campo de Al Yarmouk, no sul de Damasco, na Síria: em Al Yarmouk vivem cerca de 18 mil palestinos (SANA/Handout via Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2014 às 09h43.

Beirute - Combatentes jihadistas e várias facções palestinas chegaram a um acordo para pôr fim aos choques no campo de refugiados palestinos de Al Yarmouk, no sul de Damasco, informou nesta segunda-feira a Frente Popular para a Libertação da Palestina-Comando Geral (FPLP-CG).

A organização, aliada do regime sírio de Bashar al-Assad, disse em sua página do Facebook que a Frente al Nusra, vinculado à Al Qaeda, e as brigadas rebeldes Ibn Taimiya e Al Sahab começaram a se retirar do campo em aplicação ao acordo conseguido ontem com os palestinos.

O FPLG-CG explicou que o objetivo do pacto é acabar com os choques em Al Yarmouk para que seus residentes possam retornar para suas casas.

O secretário da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) na Síria, Samir Rifai, disse em declarações publicadas na página da FPLP-CG que a retirada dos jihadistas deve terminar no final desta semana.

Após a retirada, o controle do campo passará para mãos palestinas durante um período transitório, antes que seja transferido para as autoridades sírias.

A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) suspendeu no sábado a distribuição de ajuda no campo por problemas de segurança.

Em Al Yarmouk vivem cerca de 18 mil palestinos, frente aos 160 mil que viviam no local antes do início do conflito sírio, em março de 2011.

Os insurgentes tomaram o controle de Al Yarmouk em dezembro de 2012 e desde então o campo foi cenário de enfrentamentos entre os opositores e as forças governamentais, apoiadas pelo FPLP-CG.

Desde julho de 2013, o regime sírio mantém o cerco a Al Yarmouk, o que levou a uma deterioração das condições de vida e à morte de pelo menos 87 pessoas pela falta de comida e remédios, segundo ativistas.

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