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Remy Sharp
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Javier Milei, presidente eleito da Argentina, disse na manhã desta segunda, 20, que levará tempo para conseguir conter a alta inflação no país e para fazer mudanças nas regras cambiais.

"Se você cortar hoje a emissão monetária, demora entre 18 e 24 meses para levar [a inflação] aos níveis mais baixos internacionais", disse Milei, em entrevista à rádio Continental. Em outubro, a taxa de inflação em 12 meses superou 140%, maior número desde os anos 1990.

Sobre as medidas de restrição à compra de dólares, apelidadas de "cepo", Milei disse que elas devem seguir por mais algum tempo. "Antes de abrir o cepo, tem que resolver o problema das Leliqs. Vamos a tratar de fazê-lo o mais rápido possíveil, porque se não a sombra da hiperinflação vai estar em todo o momento", disse.

As Leliqs são títulos do Banco Central, usados para retirar pesos da economia, e que se tornaram um problema na Argentina, pois aumentaram em muito a dívida do governo.

Milei reafirmou que pretende acabar com o Banco Central e dolarizar a economia. "Fechar o Banco Central é uma obrigação moral. Dolarizar é para se tirar de cima do Banco Central. Propomos que a moeda seja a que os indivíduos escolham", afirmou. O novo presidente defende abandonar o peso, e liberar as regras da economia para que qualquer moeda possa ser utilizada nas transações.

O primeiro dia de Milei como presidente eleito

Nesta segunda, 20, Milei terá uma reunião com o atual presidente, Alberto Fernández, para começar a tratar da transição. O encontro está previsto para o meio-dia.

O mercado financeiro está fechado na Argentina nesta segunda, por ser um feriado nacional. Assim, os efeitos da eleição no setor devem ser ficar mais claros só na terça-feira, 21.

Massa fica ou sai do governo?

Uma das grandes questões desta segunda é se Sergio Massa, derrotado nas urnas por Milei, deixará o cargo de ministro da Economia de forma imediata ou se fica na função até a posse do rival, em 10 de dezembro.

Em seu discurso de derrota, no domingo, Massa disse que a responsabilidade sobre a economia caberia ao presidente eleito "a partir de amanhã", o que foi interpretado como um possível sinal de renúncia.

Segundo o jornal Clarín, Massa deve decidir o que fazer após a reunião entre Milei e Fernández. Na entrevista à rádio, o novo presidente defendeu que Massa fique até a transição. "Seria uma irresponsabilidade Massa se retirar, depois do desastre que fez", afirmou.

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