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Japão executa primeiro réu condenado à pena de morte do ano

Japão executou um réu na forca hoje, a primeira aplicação da pena de morte neste ano

Bandeira do Japão: Japão executa os condenados na forca em total segredo (Hannah Johnston/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2014 às 10h15.

Tóquio - O Japão executou um réu na forca nesta quinta-feira, o que representa a primeira aplicação da pena de morte neste ano e a nona desde que o Partido Liberal-Democrata (PLD) chegou ao governo no final de 2012, informou a agência "Kyodo".

O condenado era Masanori Kawasaki, de 68 anos, que foi executado em Osaka, no oeste do país, pelo assassinato de suas duas netas e de sua cunhada em 2007, anunciou o ministro da Justiça do Japão, Sadakazu Tanigaki.

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Japão e Estados Unidos são os únicos países industrializados e democráticos que ainda aplicam a pena de morte.

O país asiático executa os condenados na forca em total segredo, sem aviso prévio aos réus e sem testemunhas, e apenas comunica as execuções para a opinião pública depois que já foram realizadas.

Kawasaki foi condenado à morte por assassinar sua cunhada e suas duas netas, de 3 e 5 anos, com uma faca na província de Kagawa, no sul do país.

O condenado foi até a casa de sua cunhada "por rancor", e após matá-la e as duas meninas, levou os corpos para enterrá-los em outro local e tentar ocultar o crime, segundo a investigação policial.

"É um caso muito cruel, já que acabou com as vidas valiosas de três pessoas por uma razão egocêntrica", afirmou o ministro da Justiça do Japão.

Tanigaki acrescentou que foi "muito difícil para a família das vítimas", e explicou que as autoridades "revisaram o caso com cautela antes de realizar a execução".

O ministro japonês evitou explicar os motivos para a decisão de executar Kawasaki, pois, atualmente, o país tem 128 réus condenados à pena capital no corredor da morte.

Além disso, declarou que o governo "não pensa em reformar o sistema da pena de morte por enquanto".

As últimas execuções no país aconteceram no dia 12 de dezembro, quando dois presos foram justiçados em Tóquio e Osaka.

Veículos da imprensa japonesa, como o jornal "Asahi", atribuem a demora entre as execuções de dezembro e a de hoje ao caso de Iwao Hakamada, que foi libertado em março após ter passado 46 anos no corredor da morte, depois que novas provas foram descobertas sobre o assassinato múltiplo do qual era acusado.

Hakamada, considerado o homem que ficou por mais tempo no corredor da morte no mundo, é um ex-boxeador de 78 anos que sofre de uma doença mental e foi condenado à pena de morte em 1968, sentença que ficou suspensa por um tribunal japonês que decidiu rever seu caso.

O ministro da Justiça defendeu a pena capital em várias ocasiões com o argumento de que a maioria dos japoneses apoiam este sistema.

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