Mundo

Itália: ponte Morandi começa a ser demolida seis meses após desabamento

Desde a tragédia em 14 de agosto, já foram removidas cerca de 3 mil toneladas de material e destroços

Itália: 43 pessoas morreram com o desabamento (Massimo Pinca/Reuters)

Itália: 43 pessoas morreram com o desabamento (Massimo Pinca/Reuters)

E

EFE

Publicado em 8 de fevereiro de 2019 às 10h50.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2019 às 10h51.

Roma - Quase seis meses depois do desabamento da ponte Morandi em Génova, no norte da Itália, um incidente no qual morreram 43 pessoas e centenas tiveram que deixar suas casas, a demolição da infraestrutura começa nesta sexta-feira com o desmantelamento de um dos dois enormes fragmentos que permaneceram de pé após a tragédia.

Dezenas de operários e especialistas, equipamentos pesados e um enorme guindaste participam dos trabalhos que devem durar cerca de oito horas até que o trecho oeste da ponte, um enorme bloco de mais de 800 toneladas, seja desmontado e baixado até o chão de uma altura de 48 metros.

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, que assiste ao início das operações, afirmou que "é um momento importantíssimo, simbólico. É o resgate de Génova, de (a região de) Ligúria e de toda a Itália", pouco antes de participar da cerimônia que deu início à demolição da ponte.

Desde que ocorreu a tragédia em 14 de agosto, já foram removidas cerca de 3 mil toneladas de material e destroços, mas esta é a primeira vez que um bloco gigante - de 36 metros de comprimento por 18 de largura - do viaduto será desmontado.

Um consórcio formado pelas empresas italianas Salini Impregilo, Fincantieri e Italferr ficará a cargo da reconstrução da ponte, cujo projeto foi elaborado pelo arquiteto Renzo Piano.

A nova ponte custará 202 milhões de euros e está previsto que as obras terminem no fim deste ano, mas a estrutura só estará operacional no início de 2020, segundo afirmou hoje o ministro dos Transportes italiano, Danilo Toninelli.

 

 

O projeto de Piano contempla uma ponte com uma cobertura de aço de 1.100 metros de extensão, com 19 pilares elípticos separados por uma distância de 50 metros.

O próprio arquiteto Renzo Piano será o supervisor técnico da reconstrução.

Após a tragédia, o governo italiano culpou imediatamente a concessionária Autostrade per l'Italia, a empresa responsável pela gestão e manutenção do viaduto.

O Ministério Público de Génova abriu uma investigação para tentar esclarecer as razões do acidente e, atualmente, dezenas de pessoas estão sendo investigadas, entre elas vários diretores da Autostrade per l'Italia.

Acompanhe tudo sobre:DesabamentosItáliaMortes

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia