Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, respondeu de forma vaga e genérica perguntas sobre as intenções de Tel Aviv a respeito do Irã. (Gali Tibbon/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2011 às 08h19.
Jerusa m- O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, deixou Israel no mês passado sem um compromisso de que o Estado judaico não fará um ataque contra o Irã sem a coordenação de Washington, informa neste domingo o jornal 'Haaretz', que cita fontes oficiais americanas.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa do país, Ehud Barak, responderam apenas de forma vaga e genérica às perguntas de Panetta sobre as intenções de Tel Aviv a respeito do Irã.
Netanyahu e Barak lideram a campanha no seio do Executivo em favor de um bombardeio relâmpago contra instalações nucleares iranianas, com ou sem o aval dos Estados Unidos, segundo a imprensa local.
Panetta enfatizou a importância de coordenar qualquer resposta ao programa nuclear de Teerã e insinuou que a Casa Branca não quer ser surpreendida por Israel em um assunto tão delicado.
O secretário de Defesa americano viajou ao Estado judaico no início de outubro, quando o Governo do presidente Barack Obama chegou à conclusão de que já não entendia mais a posição de Israel em relação ao programa nuclear iraniano.
Esta incerteza derivava de uma considerável redução dos pronunciamentos de Israel sobre o tema, tanto públicos como através dos canais diplomáticos e de defesa.
A informação deste domingo surge em meio a um intenso debate sobre a iminência de um ataque ao Irã. As especulações aumentaram nesta semana após Israel testar com sucesso o lançamento de um míssil balístico de 6 mil quilômetros de alcance e possibilidade de abrigar uma ogiva nuclear.
Uma pesquisa publicada nesta semana pelo 'Haaretz' revela uma notável divisão na opinião pública israelense sobre a conveniência de um ataque que poderia despertar tensões em todo o Oriente Médio. Segundo a pesquisa, 41% dos entrevistados apoiam a ideia, enquanto 39% se opõem e 20% se mostraram indecisos.