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Israel propõe para Palestina prorrogar negociação de paz

Liderança palestina analisará a proposta hoje, sob fortes pressões dos EUA para que ambas as partes aceitem continuar negociação além do dia 29 de abril

Palestinos recolhem pertences após terem suas casas demolidas por Israel: posição palestina não foi anunciada, mas espera-se que ela seja revelada ao longo do dia (AFP/Arquivos)
DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 09h38.

Ramala (Cisjordânia) - A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) recebeu uma proposta formal de Israel para prorrogar as conversas de paz mediadas pelos Estados Unidos , informaram funcionários do governo da Palestina à Agência Efe nesta segunda-feira.

De acordo com as fontes, a liderança palestina analisará a proposta na noite de hoje, sob fortes pressões dos Estados Unidos para que ambas as partes aceitem continuar a negociação além do dia 29 de abril, prazo previamente estabelecido.

O porta-voz da presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Nabil Abu Rudeina, afirmou que o presidente, Mahmoud Abbas, havia recebido a proposta israelense na noite de ontem, e que ela já havia sido analisada pelo Conselho Central do Fatah em reunião realizada ontem à noite em Ramala.

Por enquanto, a posição palestina não foi anunciada, mas espera-se que ela seja revelada ao longo do dia - provavelmente no final - segundo a opinião de Mohamad Shteye, membro do Conselho Central do Fatah.

As fontes palestinas acreditam que o atraso para responder se deve, entre outros fatores, às fortes pressões da Casa Branca para que as partes concordem com a proposta de prorrogação, decisão que causaria polêmica entre os palestinos.

Nesse contexto, o secretário de Estado americano, John Kerry, pode ir até a região em breve para tentar mediar pessoalmente e aproximar posturas ainda distantes, segundo informações das fontes.

Shteye disse que o presidente Abbas solicitou aos EUA que pressionem Israel para que seu governo aceite libertar 1.200 presos palestinos, incluindo dirigentes de alto escalão condenados à prisão perpétua, menores de idade e doentes.


Em troca, a ANP se comprometeria a continuar a negociação durante mais um ano, garantiu.

O membro do Comitê Central da OLP, Yasser Abed Rabbo, afirmou à Agência Efe que há uma reunião da liderança palestina prevista para discutir o assunto na noite de hoje, e que depois disso a posição final da Palestina será divulgada por meio de um comunicado.

O escritório do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se negou a comentar a proposta e a atual situação da negociação com os palestinos.

O presidente israelense, Shimon Peres, declarou no domingo em Viena que achava que ontem à noite ou durante o dia de hoje haveria avanços nas negociações de paz com os palestinos, e reconheceu que todas as partes estão trabalhando para superar os obstáculos.

Israel tinha previsto libertar 26 presos no sábado, segundo o calendário fixado no início das conversas de paz entre ambas as partes, embora não tenha cumprido o acordo.

O chefe de negociação palestino, Saeb Erekat, disse no último domingo que a OLP estava envolvida em "sérias conversas" com os EUA e com Israel, mas não revelou mais detalhes sobre o assunto.

O acordo, que sustentou o processo de paz iniciado em julho e patrocinado por Washington, estipulava que o Estado judeu libertaria 104 réus, mas apenas 78 deles foram soltos em três momentos ao longo dos oito meses de negociação.

O objetivo do diálogo promovido por Kerry é fechar um acordo inédito que sirva como rota para a negociação e concretização de paz definitiva.

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Ramala (Cisjordânia) - A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) recebeu uma proposta formal de Israel para prorrogar as conversas de paz mediadas pelos Estados Unidos , informaram funcionários do governo da Palestina à Agência Efe nesta segunda-feira.

De acordo com as fontes, a liderança palestina analisará a proposta na noite de hoje, sob fortes pressões dos Estados Unidos para que ambas as partes aceitem continuar a negociação além do dia 29 de abril, prazo previamente estabelecido.

O porta-voz da presidência da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Nabil Abu Rudeina, afirmou que o presidente, Mahmoud Abbas, havia recebido a proposta israelense na noite de ontem, e que ela já havia sido analisada pelo Conselho Central do Fatah em reunião realizada ontem à noite em Ramala.

Por enquanto, a posição palestina não foi anunciada, mas espera-se que ela seja revelada ao longo do dia - provavelmente no final - segundo a opinião de Mohamad Shteye, membro do Conselho Central do Fatah.

As fontes palestinas acreditam que o atraso para responder se deve, entre outros fatores, às fortes pressões da Casa Branca para que as partes concordem com a proposta de prorrogação, decisão que causaria polêmica entre os palestinos.

Nesse contexto, o secretário de Estado americano, John Kerry, pode ir até a região em breve para tentar mediar pessoalmente e aproximar posturas ainda distantes, segundo informações das fontes.

Shteye disse que o presidente Abbas solicitou aos EUA que pressionem Israel para que seu governo aceite libertar 1.200 presos palestinos, incluindo dirigentes de alto escalão condenados à prisão perpétua, menores de idade e doentes.


Em troca, a ANP se comprometeria a continuar a negociação durante mais um ano, garantiu.

O membro do Comitê Central da OLP, Yasser Abed Rabbo, afirmou à Agência Efe que há uma reunião da liderança palestina prevista para discutir o assunto na noite de hoje, e que depois disso a posição final da Palestina será divulgada por meio de um comunicado.

O escritório do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se negou a comentar a proposta e a atual situação da negociação com os palestinos.

O presidente israelense, Shimon Peres, declarou no domingo em Viena que achava que ontem à noite ou durante o dia de hoje haveria avanços nas negociações de paz com os palestinos, e reconheceu que todas as partes estão trabalhando para superar os obstáculos.

Israel tinha previsto libertar 26 presos no sábado, segundo o calendário fixado no início das conversas de paz entre ambas as partes, embora não tenha cumprido o acordo.

O chefe de negociação palestino, Saeb Erekat, disse no último domingo que a OLP estava envolvida em "sérias conversas" com os EUA e com Israel, mas não revelou mais detalhes sobre o assunto.

O acordo, que sustentou o processo de paz iniciado em julho e patrocinado por Washington, estipulava que o Estado judeu libertaria 104 réus, mas apenas 78 deles foram soltos em três momentos ao longo dos oito meses de negociação.

O objetivo do diálogo promovido por Kerry é fechar um acordo inédito que sirva como rota para a negociação e concretização de paz definitiva.

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