Conflito na Cisjordânia: "A decisão foi tomada pelo comandante dessa região como medida de segurança" (Mohamad Torokman / Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2015 às 07h45.
Jerusalém - O exército de Israel proibiu nesta segunda-feira a entrada de palestinos em 20 assentamentos judaicos no sul da Cisjordânia, por causa da onda de violência que chegou à região na última semana, decisão que afeta principalmente trabalhadores dessas colônias, informaram fontes militares.
"A decisão foi tomada pelo comandante dessa região como medida de segurança", disse à agência Efe uma porta-voz militar, que explicou que é aplicável unicamente às colônias do chamado Bloco de Gush Etzion, no distrito palestino de Belém.
A medida respondeu às várias queixas dos colonos à deterioração da segurança na área, onde foram registrados nove ataques desde 20 de outubro. O exército ainda não decidiu por quanto tempo a proibição estará em vigor. A ordem é, em princípio, somente para hoje.
Até agora quatro pessoas morreram e 16 ficaram feridas por ataques palestinos em um trecho de estrada de menos de 20 quilômetros.
A última vítima mortal era uma jovem de 21 anos que foi apunhalada ontem no cruzamento desse bloco de colônias enquanto pedia carona.
Ela será enterrada hoje em Jerusalém em meio as incessantes queixas e indignação dos colonos, que ontem se manifestaram em Jerusalém para exigir que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu aplique medidas de exceção.
Uma delas seria o fechamento das estradas usadas pelos colonos àos palestinos, e o bloqueio de aldeias palestinas na região.
Nas últimas duas semanas o exército desdobrou entre Belém e Hebron entre oito e nove batalhões. Só no cruzamento de Gush Etzion há cerca de cem soldados.
É uma área com shoppings e serviços onde se encontram diariamente judeus e palestinos, e onde o exército não considera possível fazer uma separação.