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Israel pede ação da ONU para frear avanço do Irã na Síria

"O Irã está transformando a Síria em uma base militar e quer usar este país e o Líbano como 'laranjas de guerra'", denunciou o primeiro-ministro israelense

Encontro: o premiê israelense disse que o Irã está produzindo mísseis de precisão teleguiada nos países vizinhos (Heidi Levine/Reuters)

Encontro: o premiê israelense disse que o Irã está produzindo mísseis de precisão teleguiada nos países vizinhos (Heidi Levine/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de agosto de 2017 às 10h33.

Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu nesta segunda-feira ao secretário-geral da ONU, o português António Guterres, que atue para frear a expansão do Irã na Síria e no Líbano durante sua primeira visita oficial à região.

"O Irã está transformando a Síria em uma base militar consolidada e quer usar este país e o Líbano como 'laranjas de guerra' para agir em prol de seu objetivo declarado de destruir Israel", disse Netanyahu a Guterres durante o encontro que ambos mantiveram hoje em Jerusalém, segundo um comunicado oficial.

O premiê israelense disse que o Irã está produzindo mísseis de precisão teleguiada nos países vizinhos que poderiam ser utilizados contra Israel e alegou que isto é algo que a ONU "não deveria aceitar".

Netanyahu também criticou o tratamento dado pelas Nações Unidas a Israel, pois acredita que a organização tem "uma obsessão absurda" e lamentou o fato de este organismo "permitir aos palestinos divulgar um discurso de ódio em suas instituições".

No entanto, o governante israelense se mostrou otimista para uma possível mudança de rumo na organização e disse acreditar que, com Guterres como secretário-geral, "uma nova página" poderá ser aberta "na relação entre Israel e ONU".

Guterres iniciou uma visita oficial de três dias a Israel e à Palestina que inclui reuniões nesta segunda-feira com o titular israelense de Defesa, Avigdor Lieberman; e o líder da oposição, Isaac Herzog, entre outros.

Amanhã, espera-se que Guterres se desloque à cidade de Ramala, na Cisjordânia, onde se encontrará com o primeiro-ministro palestino, Rami Hamdala, e que depois visite projetos da ONU na Faixa de Gaza.

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