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Israel paralisa instalação de muro de concreto em Jerusalém

A instalação dos muros visa impedir a passagem de possíveis agressores e prevenir o lançamento de coquetéis molotov

Bloqueio de concreto sendo construído na cidade de Jerusalém: Israel anexou em 1980 a parte leste da cidade, na qual vivem cerca de 370 mil palestinos (Reuters / Ronen Zvulun)
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Da Redação

Publicado em 19 de outubro de 2015 às 12h55.

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense , Benjamin Netanyahu, paralisou nesta segunda-feira a construção de um muro formado por blocos de concreto que a polícia tinha começado a instalar em Jerusalém Oriental, para não dar a impressão que a cidade está sendo dividida, informou a imprensa local.

O jornal "Yedioth Ahronoth" atribui essa ordem às fortes pressões dos ministros mais nacionalistas do governo israelense, entre eles os de Educação, Naftali Bennett; Transporte, Yisrael Katz; e Imigração, Ze'ev Elkin.

Os três reclamaram de uma má impressão durante a reunião do Conselho de Ministros ontem, na qual foi abordado o fechamento dos bairros palestinos da cidade com blitz em estradas e, nos casos de Isawiye e Yabel Mukaber, também com altas paredes de concreto.

A decisão, que já tinha sido aprovada em reunião anterior do governo israelense por causa da onda de violência na região desde 1º de outubro, surpreendeu alguns ministros após saberem pela imprensa que a barreira de Yabel Mukaber poderia chegar a uma extensão de 300 metros, o que daria a sensação de divisão.

A instalação dos muros visa impedir a passagem de possíveis agressores e prevenir o lançamento de coquetéis molotov contra estradas divisórias ou edifícios.

Embora o ministro de Segurança Interior, Gilad Erdan, tenha dito na reunião que a barreira pode ser retirada em "meia hora", os ministros nacionalistas interpretam a parede como uma divisão da capital que Israel considera "eterna e indivisível".

Israel anexou em 1980 a parte leste da cidade, na qual vivem cerca de 370 mil palestinos, em uma decisão parlamentar que a comunidade internacional não aceita.

"Isso não define os limites de Jerusalém, são tolices. Os limites de Jerusalém são estabelecidos por lei parlamentar", respondeu às queixas o ministro das Finanças, Moshe Kahlon, que argumentou que a barreira é necessária "para defender melhor os agentes da polícia e à população".

Até ontem, a polícia tinha instalado em Yabel Mukaber 12 metros de parede em uma região próxima ao assentamento judaico de Armon Hanteziv. As placas de concreto contêm uma inscrição na parte inferior que diz: "barreira policial apenas temporária".

Por causa das críticas dos ministros, Netanyahu ordenou paralisar a instalação dos blocos e deu instruções ao Ministério de Segurança Interior para que busque alternativas menos polêmicas, segundo o jornal.

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Jerusalém - O primeiro-ministro israelense , Benjamin Netanyahu, paralisou nesta segunda-feira a construção de um muro formado por blocos de concreto que a polícia tinha começado a instalar em Jerusalém Oriental, para não dar a impressão que a cidade está sendo dividida, informou a imprensa local.

O jornal "Yedioth Ahronoth" atribui essa ordem às fortes pressões dos ministros mais nacionalistas do governo israelense, entre eles os de Educação, Naftali Bennett; Transporte, Yisrael Katz; e Imigração, Ze'ev Elkin.

Os três reclamaram de uma má impressão durante a reunião do Conselho de Ministros ontem, na qual foi abordado o fechamento dos bairros palestinos da cidade com blitz em estradas e, nos casos de Isawiye e Yabel Mukaber, também com altas paredes de concreto.

A decisão, que já tinha sido aprovada em reunião anterior do governo israelense por causa da onda de violência na região desde 1º de outubro, surpreendeu alguns ministros após saberem pela imprensa que a barreira de Yabel Mukaber poderia chegar a uma extensão de 300 metros, o que daria a sensação de divisão.

A instalação dos muros visa impedir a passagem de possíveis agressores e prevenir o lançamento de coquetéis molotov contra estradas divisórias ou edifícios.

Embora o ministro de Segurança Interior, Gilad Erdan, tenha dito na reunião que a barreira pode ser retirada em "meia hora", os ministros nacionalistas interpretam a parede como uma divisão da capital que Israel considera "eterna e indivisível".

Israel anexou em 1980 a parte leste da cidade, na qual vivem cerca de 370 mil palestinos, em uma decisão parlamentar que a comunidade internacional não aceita.

"Isso não define os limites de Jerusalém, são tolices. Os limites de Jerusalém são estabelecidos por lei parlamentar", respondeu às queixas o ministro das Finanças, Moshe Kahlon, que argumentou que a barreira é necessária "para defender melhor os agentes da polícia e à população".

Até ontem, a polícia tinha instalado em Yabel Mukaber 12 metros de parede em uma região próxima ao assentamento judaico de Armon Hanteziv. As placas de concreto contêm uma inscrição na parte inferior que diz: "barreira policial apenas temporária".

Por causa das críticas dos ministros, Netanyahu ordenou paralisar a instalação dos blocos e deu instruções ao Ministério de Segurança Interior para que busque alternativas menos polêmicas, segundo o jornal.

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