Israel lança 'os mais pesados' ataques na costa da Síria desde 2012, diz observatório
Na semana passada, forças israelenses realizaram 480 ataques em todo o país em apenas 48 horas
Repórter colaborador
Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 07h07.
Última atualização em 16 de dezembro de 2024 às 08h41.
Um grupo que faz o monitoramento do conflito naSíria afirmou nesta segunda-feira que Israel atacou alvos militares na região costeira de Tartus, classificando-os de "os ataques mais pesados" na área em mais de uma década.
"Aviões de guerra israelenses lançaram ataques visando uma série de locais, incluindo unidades de defesa aérea e depósitos de mísseis", disse o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, no que ele classificou como "os ataques mais pesados na região costeira da Síria desde 2012".
Desde a deposição deBashar Al-Assadna última semana, o Exército de Israel disse que atingiu a maioria dos estoques estratégicos de armas do país, alegando que realizou cerca de 480 ataques em todo o país em apenas 48 horas na semana passada.
No domingo, o governo de Israel aprovou um plano para expandir os assentamentos nas Colinas de Golã, dizendo que agiu " à luz da guerra e da nova frente que a Síria enfrenta " e por um desejo de dobrar a população israelense na região. “Fortalecer o Golã é fortalecer o Estado de Israel, e é especialmente importante neste momento. Continuaremos a mantê-lo, fazê-lo florescer e nos estabelecer nele”, disse Benjamin Netanyahu em uma declaração divulgada pela Reuters.
O líder insurgente sírio Ahmed al-Charaa, mais conhecido pelo seu nome de guerra Abu Mohamed Al Jolani, garantiu à televisão siria neste sábado que não está interessado em entrar em um conflito com Israel e pediu a intervenção urgente da comunidade internacional para deter a escalada israelense contra o país árabe.
Em outra frente de batalha, pelo menos 12 palestinos foram mortos, incluindo crianças, em um ataque aéreo israelense em um abrigo na escola Khan Younis, em Gaza, segundo a agência de Defesa Civil administrada pelo Hamas.