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Israel fixou quantidade de calorias por palestino em Gaza

O documento, com data de 2008, estabelece 2.279 calorias diárias por pessoa, um nível muito próximo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS)

Palestinos distribuem alimentos em um centro da ONU em Gaza: a região é considerada um "território hostil" que enfrenta "severas restrições na esfera civil" (©AFP/File / Mohammed Abed)
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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2012 às 16h04.

Jerusalém - As autoridades israelenses fixaram um nível mínimo para o fornecimento cotidiano de calorias por habitante na Faixa de Gaza, com o objetivo de evitar que o bloqueio imposto ao território palestino provoque a desnutrição, segundo um relatório militar divulgado nesta quarta-feira.

O documento, com data de 2008, estabelece 2.279 calorias diárias por pessoa, um nível muito próximo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o nível teto para evitar a desnutrição dos habitantes de Gaza.

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A publicação do relatório do gabinete do Coordenador das Atividades Governamentais nos Territórios Palestinos (Cogat) é o resultado de uma batalha jurídica da ONG israelense Gisha, que luta pela liberdade de movimento dos palestinos.

As regulamentações sobre a alimentação não estão mais em vigor desde que Israel - sob intensa pressão internacional desde o violento ataque de sua marinha em 31 de maio de 2010 em águas internacionais contra uma frota humanitária que seguia para Gaza - anunciou em 20 de junho de 2010 a suspensão das restrições à entrada de alimentos.

Os dados que aparecem no documento foram reunidos depois da decisão de 19 de setembro de 2007 do gabinete de segurança israelense de intensificar o bloqueio após o Hamas chegar ao poder em Gaza. Desde então, a região é considerada um "território hostil" que enfrenta "severas restrições na esfera civil".

O documento, ilustrado com quadros sobre o número de calorias necessárias em função da idade e do sexo, realizadas a partir de dados fornecidos por fontes dos serviços de segurança e do ministério da Saúde, considera que a entrada de 106 caminhões por dia útil é necessária para garantir o abastecimento de alimentos básicos, medicamentos, equipamentos médicos e produtos agrícolas.

Apesar da recomendação, Israel autorizou apenas a passagem de 67 caminhões na média durante o período, segundo a Gisha.

O Cogat afirma que o relatório foi apenas um projeto e que nunca foi aplicado.

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