Mundo

Israel detém palestino de 5 anos por atirar pedras

Grupo israelense de direitos humanos acusou o Exército de ter detido ilegalmente um menino que teria atirado uma pedra em Hebron

Soldados israelenses cercam menino palestino de 5 anos Wadi Maswadeh após sua detenção em Hebron (BTselem/Divulgação via REUTERS TV)

Soldados israelenses cercam menino palestino de 5 anos Wadi Maswadeh após sua detenção em Hebron (BTselem/Divulgação via REUTERS TV)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2013 às 18h23.

Jerusalém - Um grupo israelense de direitos humanos acusou na quinta-feira o Exército de ter detido ilegalmente um menino palestino de 5 anos que teria atirado uma pedra na localidade de Hebron, na Cisjordânia.

Um vídeo feito pelo grupo B'Tselem na terça-feira mostra Wadi Maswadeh chorando ao ser cercado por soldados numa rua, e então colocado em um jipe militar na companhia de um palestino adulto.

As imagens, divulgadas na imprensa israelense, devem acirrar o debate sobre as políticas de Israel na Cisjordânia, onde o Exército protege colonos judeus.

O B'Tselem disse que os soldados levaram Maswadeh à sua casa, onde pegaram o pai dele e retiveram os dois por mais meia hora, período em que o pai ficou amarrado e vendado. Pai e filho foram posteriormente entregues à polícia palestina, que os ouviu e liberou.

Falando depois a uma TV, Maswadeh admitiu ter jogado uma pedra. Disse que mirou num cachorro, mas que sem querer acertou um carro.

O B'Tselem disse que a conduta dos soldados com o menino foi ilegal, pois a idade de responsabilidade penal em Israel e na sua jurisdição da Cisjordânia é de 12 anos.

Em nota, o Exército disse que o menino estava colocando transeuntes em risco, e lembrou que mais de 150 israelenses se machucaram em incidentes semelhantes na Cisjordânia entre janeiro e maio.

Acompanhe tudo sobre:Conflito árabe-israelenseIsraelPalestina

Mais de Mundo

Qual visto é necessário para trabalhar nos EUA? Saiba como emitir

Talibã proíbe livros 'não islâmicos' em bibliotecas e livrarias do Afeganistão

China e Brasil fortalecem parceria estratégica e destacam compromisso com futuro compartilhado

Matt Gaetz desiste de indicação para ser secretário de Justiça de Donald Trump