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Israel bombardeia posições do Hamas em Gaza após ataque do grupo islâmico

Militares israelenses anunciaram a ação depois da interceptação de dois foguetes lançados a partir do território palestino

Exército israelense: bombardeios na terça-feira representaram o momento de maior violência desde maio de 2018 (Ali Hashisho/Reuters)
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AFP

Publicado em 16 de novembro de 2019 às 09h33.

O exército de Israel bombardeou neste sábado, 16, na Faixa de Gaza, posições do Hamas , o movimento islâmico palestino que até agora estava à margem dos confrontos da semana com o Estado hebreu.

Os militares israelenses anunciaram os bombardeios depois da interceptação de dois foguetes lançados a partir do território palestino graças ao sistema antimísseis Iron Dome (Cúpula de Ferro).

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Pela primeira vez na semana, Israel informou que o alvo dos bombardeios era o Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e não a Jihad Islâmica, outro grupo islamita, mais radical, porém menos poderoso que o primeiro, e que também atua no território.

"Dois acampamentos militares da organização terrorista Hamas foram bombardeados, assim como estruturas subterrâneas da organização", afirma um comunicado militar.

As forças de segurança palestinas afirmaram que os bombardeios, que não deixaram vítimas, aconteceram ao norte do enclave, de apenas 360 quilômetros quadrados, onde dois milhões de pessoas vivem sob um rígido bloqueio de Israel.

Na terça-feira, 12, o exército israelense matou um comandante da Jihad Islâmica, que respondeu com o lançamento de mais de 450 foguetes contra Israel.

Em seguida, o Estado hebreu multiplicou os bombardeios contra membros da Jihad Islâmica em Gaza, evitando o Hamas, que aceitou um acordo de trégua com Israel há alguns meses.

"No curso da operação, estabelecemos uma distinção entre Hamas e Jihad Islâmica", afirmou durante a semana o porta-voz do exército israelense, Jonathan Conricus. "Queremos manter o Hamas à margem dos combates", completou.

O Hamas decidiu não apoiar a Jihad Islâmica, pois o movimento aparentemente não deseja aceitar a trégua com Israel, negociada com mediação da ONU, Egito e Catar, e que prevê milhões de dólares em ajuda mensal.

Após dois dias de confrontos, que deixaram 34 mortos na Faixa de Gaza e nenhum em Israel, Jihad Islâmica e o Estado de Israel aprovaram um cessar-fogo, que entrou em vigor na quinta-feira, 14.

Mas o acordo é muito precário. O exército israelense bombardeou Gaza na sexta-feira após o lançamento de foguetes a partir do território palestino.

Pouco antes da entrada em vigor do cessar-fogo, as forças israelenses bombardearam a casa de uma família no sul da Faixa de Gaza.

As autoridades israelenses afirmaram que o alvo era Rasmi Abu Malhus, apresentado como um "comandante" da Jihad Islâmica. Mas o movimento afirma que o homem não era comandante, apenas um simples membro.

Abu Malhus, as duas esposas e cinco filhos morreram no ataque.

Israel reconheceu que o bombardeio causou vítimas civis "inesperadas" e afirmou que investiga os danos provocados pelo ataque, ao mesmo tempo que acusou os combatentes da Jihad Islâmica de usar "escudos humanos".

Os bombardeios de terça-feira representaram o momento de maior violência desde os confrontos entre soldados israelenses e palestinos que deixaram mais de 60 mortos em 14 de maio de 2018 em Gaza, dia em que a embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém foi inaugurada.

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