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Israel autoriza entrada de 50 caminhões com ajuda humanitária a entrar na Faixa de Gaza

ONU alertou para situação crítica no enclave, pois suprimentos básicos haviam parado de entrar na área desde 1º de outubro

A Presidência Turca de Gestão de Desastres e Emergências (AFAD) distribui farinha aos palestinos em Gaza, onde há uma crise alimentar devido aos ataques israelenses, no centro de distribuição da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) em Deir al-Balah, Gaza, em 28 de setembro de 2024. Palestinos que vivem em condições difíceis sob ataques israelenses sofrem com a escassez de alimentos (Ashraf Amra/Getty Images)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 16 de outubro de 2024 às 11h04.

Última atualização em 16 de outubro de 2024 às 11h09.

Israel autorizou nesta quarta-feira a entrada de 50 caminhões com ajuda humanitária, entregue pela Jordânia, no norte da Faixa de Gaza através da passagem de Erez Ocidental, informou o COGAT, órgão militar encarregado de administrar os assuntos humanitários no enclave.

"De acordo com as diretrizes do ministro da Defesa, Yoav Gallan t, e da liderança política, 50 caminhões transportando ajuda humanitária, incluindo alimentos, água, suprimentos médicos e equipamentos de abrigo fornecidos pela Jordânia, foram transferidos como parte do compromisso de entregar ajuda", detalha o comunicado.

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Os caminhões, de acordo com o texto, entraram no território israelense pela passagem de Allenby entre Jordânia e a Cisjordânia ocupada e, depois de passarem por "verificações de segurança minuciosas", Israel deu sinal verde para que entrassem na parte norte da Faixa.

"A s Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), por meio do COGAT, continuarão a agir de acordo com o direito internacional para facilitar e facilitar a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza", acrescenta a nota.

Nos últimos dias, a ONU vinha alertando que a situação humanitária no norte do enclave havia se deteriorado novamente, pois a ajuda humanitária havia parado de entrar na área desde 1º de outubro.

Além disso, deve-se acrescentar o retorno das tropas israelenses à área em 6 de outubro, o que foi justificado com a alegação de que o Hamas tentava se reagrupar no local. Mais de dez dias depois, a incursão israelense deixou mais de 342 mortos e os hospitais no norte estão sitiados, de acordo com as autoridades palestinas.

Israel reativou a entrada de caminhões no norte de Gaza na segunda-feira, 14 de outubro, quando autorizou a passagem de outros 30 caminhões com farinha e alimentos do Programa Mundial de Alimentos.

Essa não é a primeira vez que organizações de direitos humanos acusam Israel de usar a fome "como arma de guerra", já que, em mais de um ano de ofensiva, o governo do primeiro-ministroBenjamin Netanyahumanteve fechada, em várias ocasiões, a maioria das passagens no norte e no sul do enclave, por onde entram os caminhões.

O Hamas acusa Israel de estar implementando o chamado "Plano dos Generais" - proposto por generais aposentados - que busca transferir à força os habitantes da Faixa de Gaza do norte por meio de um cerco severo e da fome, enquanto os que permanecerem serão considerados combatentes.

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