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Iraque justifica ataque por presença de extremistas

Ministério de Defesa disse que homens armados e extremistas se encontravam na praça de Al Hueiya, onde as forças realizaram operação que terminou com 26 mortos

Dois homens deitados em leitos de um hospital após confronto entre as forças iraquianas e manifestantes sunitas em Kirkuk, ao norte de Bagda (Ako Rasheed/Reuters)

Dois homens deitados em leitos de um hospital após confronto entre as forças iraquianas e manifestantes sunitas em Kirkuk, ao norte de Bagda (Ako Rasheed/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2013 às 09h31.

Bagdá - O Ministério de Defesa do Iraque disse nesta terça-feira que homens armados e extremistas se encontravam na praça de Al Hueiya, no norte do país, onde as forças de segurança realizaram uma operação que terminou com pelo menos 26 mortos.

Em comunicado, o ministério afirmou que deu um ultimato para que os manifestantes que protestavam pacificamente na praça abandonassem o local antes que uma força conjunta do Exército e da polícia chegassem para procurar supostos homens armados.

Segundo a versão governamental, as forças de segurança entraram na praça e foram recebidos com disparos, o que gerou enfrentamentos entre ambas as partes.

Nos distúrbios morreram "alguns membros das Forças Armadas e um número de homens armados membros da Al Qaeda e do partido Baas (já dissolvido) que colaboravam com estes últimos", acrescentou a nota oficial.

O Ministério da Defesa explicou que a operação tinha como objetivo prender os responsáveis pelo ataque de sexta-feira passada contra um veículo das forças iraquianas encarregadas de proteger a praça de Al Hueiya, ação na qual vários soldados morreram e ficaram feridos.

Fontes policiais explicaram previamente que pelo menos 26 pessoas morreram e outras 70 ficaram feridas depois que as forças iraquianas entraram na praça para acabar com um protesto e buscar os responsáveis pela recente morte de um soldado iraquiano em um posto de controle próximo.

A cidade de Al Hueiya, localizada a cerca de 200 quilômetros ao norte de Bagdá, é cenário de protestos como os que ocorrem desde dezembro passado em outras regiões do Iraque.

Nessas áreas, manifestantes sunitas se queixam da discriminação que dizem sofrer por parte do governo central, liderado pelo xiita Nouri al-Maliki.

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