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Irã diz que vai cooperar com agência nuclear da ONU

País pretende "superar questões existentes de uma vez por todas", sinalizando uma abordagem mais flexível do novo governo de Teerã

Reza Najafi: em sua primeira reunião de diretoria da AIEA embaixador reiterou a posição iraniana de não abrir mão do direito a um programa pacífico de energia nuclear (Heinz-Peter Bader/Reuters)

Reza Najafi: em sua primeira reunião de diretoria da AIEA embaixador reiterou a posição iraniana de não abrir mão do direito a um programa pacífico de energia nuclear (Heinz-Peter Bader/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2013 às 09h58.

Viena - O novo representante do Irã na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse nesta quinta-feira que o país vai cooperar com a agência nuclear da ONU para "superar questões existentes de uma vez por todas", sinalizando uma abordagem mais flexível do novo governo de Teerã.

Mas o embaixador Reza Najafi, em sua primeira reunião de diretoria da AIEA, também reiterou a posição iraniana de não abrir mão do direito a um programa pacífico de energia nuclear.

O Irã está travado em um impasse com potências do Ocidente sobre seu programa nuclear, que países ocidentais suspeitam ter como objetivo obter armas nucleares. O Irã nega.

"Estamos esperando trabalhar em estreita colaboração com o diretor-geral (da AIEA, Yukiya Amano) e sua equipe nos próximos dias", disse Najafi em declaração à diretoria da agência da ONU, em Viena.

Diplomatas ocidentais saudaram a declaração, que foi vista como uma mudança de tom, mas alertaram que ainda esperam para ver se haverá mudança de fato no comportamento do Irã após a eleição do presidente Hassan Rouhani, que substituiu o conservador Mahmoud Ahmadinejad.

Rouhani disse na terça-feira que o tempo para resolver a disputa nuclear do Irã com o Ocidente era limitado, e pediu ao mundo para aproveitar a oportunidade da sua eleição.

Ele disse que iria reunir-se com os ministros das Relações Exteriores de algumas das seis potências --Rússia, China, França, Grã-Bretanha, Estados Unidos e Alemanha-- quando comparecer à Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, este mês.

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