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Irã diz que oferta excedente derruba preço do petróleo

O presidente da Opep no Irã, Muhammad Ali Khatibi, disse que o aumento na produção não é para consumo

Um crescimento da produção por parte de alguns membros da Opep no Golfo e em outros lugares elevou a produção do grupo acima das necessidades atuais (Alfredo Estrella/AFP)

Um crescimento da produção por parte de alguns membros da Opep no Golfo e em outros lugares elevou a produção do grupo acima das necessidades atuais (Alfredo Estrella/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2012 às 14h38.

Londres - O Irã pediu neste sábado que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) respeite o teto de produção, culpando a oferta excedente pela queda de preço abaixo de US$ 100/barril e associando parcialmente a desvalorização da commodity à campanha eleitoral nos Estados Unidos. As declarações anunciam um debate vigoroso sobre a produção na reunião entre os membros da Opep, na quinta-feira (14).

O presidente da Opep no Irã, Muhammad Ali Khatibi, disse à agência Dow Jones que "um preço abaixo de US$ 100 (o barril) é o preço da oferta excedente." Ele disse que um crescimento da produção por parte de alguns membros da Opep no Golfo e em outros lugares elevou a produção do grupo acima das necessidades atuais e do teto acordado de 30 milhões de barris por dia.

"O aumento na produção não é para consumo", mas está indo para os estoques, que "colocam pressão sobre os preços", disse Khatibi. Tal acúmulo de estoques está relacionado a preocupações geopolíticas, mas também ao interesse de diminuir as cotações antes das eleições americanas, afirmou ele.

"O governo dos EUA está fazendo o seu melhor para baixar o preços dos produtos derivados do petróleo ao consumidor final, especialmente a gasolina", avaliou o presidente da Opep no Irã. "Há uma relação entre o preço da gasolina e o voto do povo americano", acrescentou ele.

Contudo, Khatibi disse que o colapso de preços visto durante a recessão de 2008 não era do interesse de qualquer participante do mercado de petróleo. "Ninguém quer voltar para 2008. É ruim para os produtores, consumidores e investidores", observou ele. As informações são da Dow Jones.

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