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Irã considera paz na Síria a curto prazo "complicada"

Presidente do parlamento do Irã disse que acha "muito complicada" uma solução política a curto prazo na Síria, por causa da proliferação de grupos terroristas


	Combatente do Exército Livre da Síria: "chegaram à Síria terroristas de todos os cantos do mundo, incluído a Europa", disse parlamentar iraniano
 (Hamid Khatib/Reuters)

Combatente do Exército Livre da Síria: "chegaram à Síria terroristas de todos os cantos do mundo, incluído a Europa", disse parlamentar iraniano (Hamid Khatib/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 11h42.

Genebra - O presidente do parlamento do Irã, Ali Larijani, afirmou nesta quarta-feira que acha "muito complicada" uma solução política a curto prazo para o conflito na Síria, por causa da proliferação no país de grupos terroristas envolvidos no conflito armado no bando da oposição.

"Chegaram à Síria terroristas de todos os cantos do mundo, incluído a Europa. Criaram as condições para transformar a Síria em uma ilha do terrorismo", afirmou Larijani em um pronunciamento à imprensa em Genebra.

Sobre a possível participação do Irã, tradicional aliado do regime da Síria, na conferência de paz conhecida como Genebra II, que poderia acontecer em meados de novembro, Larijani assinalou que "todo o mundo que tenha algo que dizer deveria se sentar à mesa".

Até o momento, o principal obstáculo à participação do Irã nos diálogos de paz eram os Estados Unidos, mas ontem, uma porta-voz do Departamento de Estado afirmou que o país poderia mudar de opinião se o regime de Teerã se comprometer a aceitar a roteiro proposto em Genebra em junho de 2012.

O documento, o que mais alcançou consenso internacional até o momento, apela pela criação de um governo de transição na Síria formado por elementos do regime e representantes da oposição que não tenham as mãos manchadas de sangue, embora este é um dos pontos mais conflituosos de cara a Genebra II, junto com a participação do Irã.

Segundo Larijani, o mais "urgente" para avançar rumo a uma solução política ao conflito sírio é que os países europeus e árabes que estão entregando armas à oposição "parem de fazer isso imediatamente", porque acabam em mãos de grupos armados terroristas.

"Essa situação poderia ter repercussões regionais e globais muito graves", ressaltou Larijani.

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