Mundo

Irã classifica negociações com Argentina de "construtivas"

Os dois países dialogam sobre as acusações sobre o suposto envolvimento de Teerã em um atentado antijudeu realizado em Buenos Aires em 1994


	Ali Akbar Salehi, chanceler do Irã: "a reunião com Timerman (chanceler argentino) está destinada a alcançar avanços no procedimento legal e foi muito construtiva", disse
 (Behrouz Mehri/AFP)

Ali Akbar Salehi, chanceler do Irã: "a reunião com Timerman (chanceler argentino) está destinada a alcançar avanços no procedimento legal e foi muito construtiva", disse (Behrouz Mehri/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 10h59.

Teerã  - O Irã informou nesta quarta-feira que teve negociações muito construtivas com a Argentina na semana passada, focadas na controvérsia pelas acusações sobre o suposto envolvimento de Teerã em um atentado antijudeu realizado em Buenos Aires em 1994.

O chanceler iraniano, Ali Akbar Salehi, se reuniu na última quinta-feira com seu homólogo argentino Héctor Timerman na cidade suíça de Zurique para avançar no caso judicial pelo atentado contra a mutual judia AMIA, que em 1994 deixou 85 mortos em Buenos Aires e pelo qual a Argentina exige a extradição de oito iranianos.

"A reunião com Timerman está destinada a alcançar avanços no procedimento legal e foi muito construtiva", disse Salehi. "Espero que estas negociações conduzam a um bom resultado".

Em Buenos Aires, a chancelaria argentina havia publicado na véspera um comunicado no mesmo tom. "A sessão de trabalho foi altamente produtiva para alcançar o avanço dos procedimentos judiciais na Causa AMIA", indicou o comunicado, que também informou sobre um acordo entre os chanceleres "para voltarem a se reunir em breve".

Argentina e Irã iniciaram em outubro negociações na sede da ONU em Genebra para resolver as ações judiciais pendentes na investigação do atentado pelo qual a justiça argentina exige desde 2006 a extradição de oito iranianos, entre eles o atual ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, e o ex-presidente Akbar Hashemi Rafsanjani.

A reunião de 3 de janeiro se somou às realizadas nos dias 27 e 28 de novembro.

No dia 18 de julho de 1994, uma explosão destruiu os seis andares da sede da AMIA no centro de Buenos Aires, deixando 85 mortos e 300 feridos, apenas dois anos após o ataque com bomba contra a embaixada de Israel, que matou 29 pessoas e feriu outras 200.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaÁsiaDiplomaciaHistóriaIrã - País

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA