Parada militar do Irã exibe míssil com a foto do aiatolá Ali Khamenei ao fundo (Majid Saeedi/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 18 de abril de 2011 às 09h37.
Teerã - O Irã testou "com sucesso" três novos tipos de mísseis de defesa antiaérea desenvolvidos e fabricados integralmente por engenheiros do país, anunciou nesta segunda-feira o ministro da Defesa iraniano, Ahmad Vahidi.
Em declarações concedidas à imprensa após o desfile militar realizado por ocasião do Dia das Forças Armadas no Irã, Vahidi, membro da Guarda Revolucionária, afirmou que um dos mísseis testados é "o mais rápido do mundo".
"Há poucos dias, lançamos satisfatoriamente os mísseis de defesa antiaérea Shahin e Shalamcheh, que foram incorporados às nossas Forças Armadas", afirmou.
"Também testamos o míssil de fabricação nacional Zafar, o mais rápido do mundo", acrescentou.
"Com estes três mísseis e outros equipamentos novos acrescentados, conseguimos aumentar enormemente nosso poder de defesa aérea", disse.
Vahidi presidiu nesta segunda-feira o desfile das Forças Armadas no mausoléu do aiatolá Khomeini, que fundou a República Islâmica há 30 anos.
Durante a parada, as Forças de Segurança iranianas apresentaram a nova geração de tanques de fabricação nacional Zolfaqar, que, segundo fontes iranianas, são capazes de disparar cerca de 6 mil projéteis por minuto.
Nos dois dias anteriores ao desfile, as forças iranianas anunciaram que haviam testado com sucesso outros dois sistemas de escudos antimísseis, denominados "Mersad" e "Sayyad-2".
Fontes militares iranianas citadas pela agência local de notícias "Fars" afirmam que o Mersad, equipado com mísseis de médio alcance Shahin, é capaz de perseguir e destruir aviões que voem entre 70 e 150 quilômetros de altitude.
O Sayyad-2, que será apresentado nos próximos dias e é equipado com mísseis terra-ar, é similar e, de acordo com as autoridades militares, vai ser instalado em todo o país.
O Irã advertiu que dará "uma resposta demolidora" a qualquer nação que o agrida, especialmente Israel, que ameaçou em várias ocasiões atacar o país caso não ponha fim em seu controvertido programa nuclear.
Apesar do embargo parcial de armas que sofre desde a década de 1980, o Irã iniciou um programa nacional de Defesa que o levou a modernizar suas Forças Armadas, em particular a Guarda Revolucionária, força militar de elite, paralela ao Exército, e de defesa ideológica do regime.