Intérprete de funeral diz que sofreu episódio esquizofrênico
Intérprete de linguagem de sinais durante a cerimônia religiosa de Nelson Mandela alegou que sofreu um episódio esquizofrênico que o distraiu de suas funções
Da Redação
Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 07h42.
Johanesburgo - O intérprete de linguagem de sinais encarregado de traduzir os discursos dos chefes de Estado durante a cerimônia religiosa de Nelson Mandela , que a Federação de Surdos da África do Sul acusou de ser "falso", alegou nesta quinta-feira que sofreu um episódio esquizofrênico que o distraiu de suas funções.
Em declarações publicadas hoje no jornal local "The Star", Thamsanqa Jantjie, de 34 anos, afirmou que de repente começou a escutar vozes em sua mente e ter alucinações, o que fez com que perdesse a concentração no palanque montado no estádio FNB, em Johanesburgo.
Jantjie admitiu que por essa razão seus gestos não tinham nenhum sentido. "Não podia fazer nada. Estava sozinho em uma situação muito perigosa. Tentei me controlar e não mostrar ao mundo o que se passava. Sinto muito", disse.
"A vida é injusta. Esta doença é injusta. Quem não entender esta doença pensará que estou inventando", lamentou.
A empresa para qual trabalha empresa, a SA Interpreters, comunicou a Jantjie na segunda-feira, um dia antes da cerimônia religiosa, que ele faria o trabalho de tradução no evento, responsabilidade que o orgulhou.
A empresa pagaria a Jantjie 850 rands (cerca de 60 euros) pelo trabalho. A Federação de Surdos da África do Sul denunciou ontem que o intérprete era "falso".
Aparentemente, os sinais utilizados não faziam sentido algum e Jantjie também não fez nenhum gesto facial, técnica que os intérpretes usam para transmitir emoções.
"Foi uma fraude total e absoluta", criticou a diretora da Escola de Educação da Linguagem de Sinais da Cidade do Cabo, Cara Loening, em entrevista à agência de notícias sul-africana "Sapa".
"Seus movimentos não tinham nada a ver com a linguagem de sinais, só estava agitando suas mãos", acrescentou Loening. Para a diretora, o fato foi uma agressão à memória de Mandela e a todos que assistiram o evento pela televisão.
As suspeitas surgiram durante o próprio ato religioso, quando começaram a ser publicadas mensagens nas redes sociais.
"Por favor, alguém pode pedir ao intérprete que abandone o palco? É vergonhoso", afirmou um deles.
"É um evento que todo o mundo está olhando, mas as pessoas surdas não podem entender nem uma só palavra do que está se dizendo", acrescentava outra mensagem, segundo o jornal "Mail & Guardian".
Johanesburgo - O intérprete de linguagem de sinais encarregado de traduzir os discursos dos chefes de Estado durante a cerimônia religiosa de Nelson Mandela , que a Federação de Surdos da África do Sul acusou de ser "falso", alegou nesta quinta-feira que sofreu um episódio esquizofrênico que o distraiu de suas funções.
Em declarações publicadas hoje no jornal local "The Star", Thamsanqa Jantjie, de 34 anos, afirmou que de repente começou a escutar vozes em sua mente e ter alucinações, o que fez com que perdesse a concentração no palanque montado no estádio FNB, em Johanesburgo.
Jantjie admitiu que por essa razão seus gestos não tinham nenhum sentido. "Não podia fazer nada. Estava sozinho em uma situação muito perigosa. Tentei me controlar e não mostrar ao mundo o que se passava. Sinto muito", disse.
"A vida é injusta. Esta doença é injusta. Quem não entender esta doença pensará que estou inventando", lamentou.
A empresa para qual trabalha empresa, a SA Interpreters, comunicou a Jantjie na segunda-feira, um dia antes da cerimônia religiosa, que ele faria o trabalho de tradução no evento, responsabilidade que o orgulhou.
A empresa pagaria a Jantjie 850 rands (cerca de 60 euros) pelo trabalho. A Federação de Surdos da África do Sul denunciou ontem que o intérprete era "falso".
Aparentemente, os sinais utilizados não faziam sentido algum e Jantjie também não fez nenhum gesto facial, técnica que os intérpretes usam para transmitir emoções.
"Foi uma fraude total e absoluta", criticou a diretora da Escola de Educação da Linguagem de Sinais da Cidade do Cabo, Cara Loening, em entrevista à agência de notícias sul-africana "Sapa".
"Seus movimentos não tinham nada a ver com a linguagem de sinais, só estava agitando suas mãos", acrescentou Loening. Para a diretora, o fato foi uma agressão à memória de Mandela e a todos que assistiram o evento pela televisão.
As suspeitas surgiram durante o próprio ato religioso, quando começaram a ser publicadas mensagens nas redes sociais.
"Por favor, alguém pode pedir ao intérprete que abandone o palco? É vergonhoso", afirmou um deles.
"É um evento que todo o mundo está olhando, mas as pessoas surdas não podem entender nem uma só palavra do que está se dizendo", acrescentava outra mensagem, segundo o jornal "Mail & Guardian".