Mundo

Instalados os cabos para levar eletricidade aos 6 reatores de Fukushima

Enquanto seguem os esforços para restabelecer a central, equipes de bombeiros retomaram as operações de lançamento de água sobre o reator 3

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de março de 2011 às 12h16.

Tóquio - Os operários da usina nuclear de Fukushima conseguiram nesta terça-feira estender cabos até os seis reatores da central, em um novo passo para restaurar a eletricidade em todas as unidades, informou a emissora de televisão "NHK".

Nas últimas horas, os trabalhadores da Tokyo Electric Power Company (Tepco) conseguiram conectar os cabos nos reatores 3 e 4, depois que durante a madrugada os cabos foram ligados no 1, assim como acontecera previamente no 2, 5 e 6.

Antes de restaurar a eletricidade, proveniente de sistemas de alimentação externos, é preciso revisar todo o equipamento dos reatores para evitar eventuais curtos-circuitos, indicou a "NHK".

Uma vez testado o material elétrico, se espera reativar a bomba de água do reator 2 e os aparelhos de medição nas salas de controle das unidades 1 a 4, segundo fontes da Tepco citadas pela "NHK".

O terremoto e o posterior tsunami do dia 11 de março danificaram seriamente os sistemas de refrigeração da usina de Fukushima, o que ocasionou várias explosões e o vazamento de material radioativo.

Enquanto seguem os esforços para restabelecer a eletricidade na central, as equipes de bombeiros retomaram as operações de lançamento de água sobre o reator 3, um dos mais danificados e dos que mais preocupam os engenheiros.

Na segunda-feira pôde se observar fumaça saindo dessa unidade, o que levou à evacuação dos trabalhadores dessa área e à paralisação dos trabalhos na usina.

No entanto, a Tepco assegurou hoje que a fumaça, que ainda é detectada nesse reator e também na unidade 2, se trata possivelmente de vapor e não representa um perigo para os operários na zona, dado que os níveis de radiação não subiram de modo incomum na região.

Os reatores 1, 2 e 3 estavam em atividade no momento de terremoto, enquanto as unidades 4, 5 e 6 se encontravam em manutenção.

Aparentemente, a situação está sob controle no 5 e no 6, enquanto no 4 seguem os esforços para evitar um superaquecimento, já que todo seu combustível nuclear estava na piscina de armazenamento.

Nos trabalhos para lançar água trabalham, além das Forças de Autodefesa, equipes de bombeiros de Tóquio e Osaka.

O Executivo japonês insistiu nesta terça-feira que por enquanto não ampliará a área de evacuação, estabelecida em um raio de 20 quilômetros da central, enquanto segue a advertência para que os que moram entre 20 e 30 quilômetros da usina não saiam de suas casas e mantenham portas e janelas fechadas.

A Tepco reconheceu hoje que a radiação contaminou também a zona marítima próxima à usina nuclear, onde nesta segunda-feira foram detectados níveis de radioatividade altos.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEnergiaEnergia nuclearInfraestruturaJapãoPaíses ricosUsinas nucleares

Mais de Mundo

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano