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Indústria nuclear se reúne para melhorar segurança

A chamada Cúpula da Indústria Nuclear, realizada nesta sexta-feira em um hotel no centro de Seul, contou com a participação de 118 empresas e organizações atômicas

Declaração insiste nos perigos da proliferação do urânio altamente enriquecido para uso civil (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de março de 2012 às 21h44.

Seul - Os representantes da indústria nuclear mundial se comprometeram nesta sexta-feira em Seul a elevar a consciência global sobre segurança atômica e 'minimizar' o uso de urânio altamente enriquecido, em reunião prévia à Cúpula Nuclear dos dias 26 e 27.

A chamada Cúpula da Indústria Nuclear, realizada nesta sexta-feira em um hotel no centro de Seul, contou com a participação de 118 empresas e organizações atômicas, que estenderam à comunidade internacional um convite para garantir a segurança nuclear perante os desafios colocados pelo terrorismo e pelos desastres naturais.

Estas duas ameaças compartilham algumas características, indicou à Agência Efe Charles G. Pardee, vice-presidente e diretor de operações da Exelon - o maior operador nuclear dos Estados Unidos -, que lembrou que o acidente em Fukushima há um ano fez saltar os alarmes em todas as empresas e instituições relacionadas com a energia atômica.

Segundo o diretor da Exelon, todos os atores do setor, desde os operários de uma usina atômica até os políticos, terão que assumir uma clara consciência de segurança para prevenir, por exemplo, que certos materiais radioativos caiam nas mãos de terroristas.

Nesta linha, na reunião desta sexta-feira foi emitida uma declaração de oito pontos que, entre outras questões, insiste nos perigos da proliferação do urânio altamente enriquecido para uso civil.

Fortalecer as medidas de segurança contra as 'crescentes ameaças cibernéticas', promover a cooperação em nível industrial e compartilhar informação e 'boas práticas' em matéria de segurança nuclear são outros compromissos da declaração.


Os presentes na reunião também pediram o acompanhamento das diretrizes para o desenvolvimento dos padrões de segurança internacional marcadas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Nesta linha, John Ritch, diretor-geral da Associação Nuclear Mundial, declarou que é necessário que empresas, instituições e Governos remem juntos na direção marcada pela AIEA, enquanto destacou a importância de usar a energia nuclear a favor da conservação do meio ambiente.

O responsável da ANM, que agrupa as empresas responsáveis pela produção de 90% da energia nuclear do planeta, pediu ao setor público que coopere com as indústrias para cumprir com o 'dever' de 'promover o crescimento verde'.

Assim, ele propôs unir esforços para promover, graças a incentivos orientados ao desenvolvimento tecnológico do setor, uma energia nuclear 'limpa' que permita reduzir o uso de fontes poluentes como o carvão e o petróleo para combater o aquecimento global.

Os presentes refletiram, além disso, na declaração de sua intenção de acatar e aplicar 'de forma voluntária' as metas da próxima Cúpula de Segurança Nuclear, que tentará prevenir que os materiais atômicos possam ser utilizados com fins ilícitos.

A reunião de Seul congregará na segunda e na terça-feira os líderes de 58 países e organizações internacionais, entre eles os presidentes americano e chinês, Barack Obama e Hu Jintao, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Representantes do Brasil, Espanha, Chile, México, Argentina, e Chile estarão presentes em Seul.

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Seul - Os representantes da indústria nuclear mundial se comprometeram nesta sexta-feira em Seul a elevar a consciência global sobre segurança atômica e 'minimizar' o uso de urânio altamente enriquecido, em reunião prévia à Cúpula Nuclear dos dias 26 e 27.

A chamada Cúpula da Indústria Nuclear, realizada nesta sexta-feira em um hotel no centro de Seul, contou com a participação de 118 empresas e organizações atômicas, que estenderam à comunidade internacional um convite para garantir a segurança nuclear perante os desafios colocados pelo terrorismo e pelos desastres naturais.

Estas duas ameaças compartilham algumas características, indicou à Agência Efe Charles G. Pardee, vice-presidente e diretor de operações da Exelon - o maior operador nuclear dos Estados Unidos -, que lembrou que o acidente em Fukushima há um ano fez saltar os alarmes em todas as empresas e instituições relacionadas com a energia atômica.

Segundo o diretor da Exelon, todos os atores do setor, desde os operários de uma usina atômica até os políticos, terão que assumir uma clara consciência de segurança para prevenir, por exemplo, que certos materiais radioativos caiam nas mãos de terroristas.

Nesta linha, na reunião desta sexta-feira foi emitida uma declaração de oito pontos que, entre outras questões, insiste nos perigos da proliferação do urânio altamente enriquecido para uso civil.

Fortalecer as medidas de segurança contra as 'crescentes ameaças cibernéticas', promover a cooperação em nível industrial e compartilhar informação e 'boas práticas' em matéria de segurança nuclear são outros compromissos da declaração.


Os presentes na reunião também pediram o acompanhamento das diretrizes para o desenvolvimento dos padrões de segurança internacional marcadas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Nesta linha, John Ritch, diretor-geral da Associação Nuclear Mundial, declarou que é necessário que empresas, instituições e Governos remem juntos na direção marcada pela AIEA, enquanto destacou a importância de usar a energia nuclear a favor da conservação do meio ambiente.

O responsável da ANM, que agrupa as empresas responsáveis pela produção de 90% da energia nuclear do planeta, pediu ao setor público que coopere com as indústrias para cumprir com o 'dever' de 'promover o crescimento verde'.

Assim, ele propôs unir esforços para promover, graças a incentivos orientados ao desenvolvimento tecnológico do setor, uma energia nuclear 'limpa' que permita reduzir o uso de fontes poluentes como o carvão e o petróleo para combater o aquecimento global.

Os presentes refletiram, além disso, na declaração de sua intenção de acatar e aplicar 'de forma voluntária' as metas da próxima Cúpula de Segurança Nuclear, que tentará prevenir que os materiais atômicos possam ser utilizados com fins ilícitos.

A reunião de Seul congregará na segunda e na terça-feira os líderes de 58 países e organizações internacionais, entre eles os presidentes americano e chinês, Barack Obama e Hu Jintao, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Representantes do Brasil, Espanha, Chile, México, Argentina, e Chile estarão presentes em Seul.

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