Emergência: "Há uma pessoa morta. Ela morreu asfixiada" (Jose Cabezas/Reuters)
EFE
Publicado em 7 de julho de 2017 às 21h42.
Última atualização em 7 de julho de 2017 às 22h39.
San Salvador - Pelo menos duas pessoas morreram e 22 ficaram feridas, três delas em estado grave, durante um incêndio registrado nesta sexta-feira em um dos prédios do complexo que abriga o Ministério da Fazenda de El Salvador.
"Há uma pessoa morta. Ela morreu asfixiada", disse brevemente aos jornalistas a procuradora de Direitos Humanos de El Salvador, Raquel Caballero, ao chegar ao local do incêndio.
Um dirigente sindical identificou a primeira vítima como Nubia Karina Campos, de 57 anos, que era parte da direção do Sindicato do Ministério da Fazenda.
A morte de outra mulher foi confirmada pouco depois pelo presidente do país, Salvador Sánchez Cerén, em declarações a uma emissora local.
Além disso, Cerén afirmou que três pessoas em "situação gravíssima" foram internadas no Instituto Salvadorenho de Seguro Social. Uma delas é uma mulher que saltou do prédio para tentar fugir das chamas. A cena foi mostrada nas emissoras locais.
"Quero expressar minha solidariedade às famílias das pessoas mortas e das feridas. Temos a intenção de colaborar com os familiares da forma que pudermos", afirmou o presidente.
Mais de 30 bombeiros trabalham há mais de uma hora para tentar controlar o fogo. Três helicópteros das Forças Armadas recuperaram pelo menos 50 pessoas que estavam presas no prédio. Elas foram até o telhado do edifício, que tem cerca de dez andares.
"A situação está controlada. Estamos fazendo uma revisão minuciosa para achar o foco do incêndio e possíveis vítimas", disse o diretor do Corpo de Bombeiros de El Salvador, Joaquín Parada.
O ministro da Fazenda, Carlos Cáceres, indicou em entrevista coletiva que cerca de 200 pessoas trabalhavam na torre atingida pelo incêndio, um dos três prédios que abrigam o ministério
"Por sorte não era dia de atendimento ao público", afirmou.
Cáceres garantiu que nenhuma informação da pasta foi perdida e desmentiu os rumores que o fogo se iniciou na Unidade Penal Tributária, onde estão os casos de sonegadores de impostos.
A procuradora de Direitos Humanos, que foi ao local para verificar o trabalho das autoridades, destacou que o prédio era velho e precisava de uma "avaliação de situação de riscos".
O secretário-geral do Sindicato do Ministério da Fazenda, Roberto Gómez Arias, criticou as condições de segurança no prédio.
"Os membros dos comitês de prevenção de risco não têm equipamentos nem capacitação para reagir diante de emergências", afirmou.