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Imprensa chinesa muda hábitos na cobertura da viagem de Kim Jong-il

Mídia informou a atual viagem oficial do presidente norte-coreano em tempo real

As frequentes viagens de Kim à China também podem ser parte dos esforços do líder norte-coreano de assegurar o apoio da China a seu filho Kim Jong-un como herdeiro do regime (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2011 às 06h40.

Xangai - Apesar do mistério que rodeia as visitas à China do presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-il, vários meios de comunicação chineses quebraram seu costume e informam de sua atual viagem oficial nesta segunda-feira, durante a estadia de Kim, e não uma vez concluída, como costuma ser habitual.

Segundo o jornal oficial "Global Times", vinculado ao Partido Comunista da China (PCCh), e o periódico local "Shanghai Daily", que recolhe a viagem com informação de agências internacionais, Kim chegou na noite deste domingo em trem à turística cidade de Yangzhou, na província oriental de Jiangsu.

Ambos os meios asseguram que não se sabe se Kim continuará sua viagem até a Xangai, capital financeira do país.

A mudança de atitude informativa acontece depois que o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, anunciou em Tóquio, durante um encontro com o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, que Pequim tinha convidado Kim para que aprenda com o desenvolvimento econômico chinês possíveis ideias para reanimar a economia norte-coreana.

O Ministério de Exteriores chinês não fez comentários sobre a visita nem ao próprio diário do PCCh, ao qual assegurou que por enquanto não tem informação a respeito.

No entanto, fontes ligadas ao Governo local de Yangzhou, uma cidade turística às margens do rio Yang Tsé, vizinha da antiga capital chinesa de Nanquim, confirmaram ao "Global Times" que Kim chegou neste domingo à cidade e foi recebido em sua estação de trem pelas autoridades locais, incluindo o secretário-geral do PCCh local.

Yangzhou é também a cidade natal do ex-presidente da China Jiang Zemin, com quem o pai de Kim, Kim il-Sung, se reuniu ali em 1991 quando ambos presidiam seus respectivos países, e se especula a possibilidade de que o líder norte-coreano se reúna lá com o ex-líder chinês.

Se continuar sua visita rumo a Xangai, Kim realizaria sua primeira estadia no coração comercial e financeiro da China desde 2001, quando já visitou instalações industriais para conhecer melhor alguns casos práticos das reformas econômicas do gigante asiático.

As frequentes viagens de Kim à China também podem ser parte dos esforços do líder norte-coreano de assegurar o apoio da China a seu filho Kim Jong-un como herdeiro do regime, assinalou Lee Seong-hyon, analista do Instituto de Pesquisas sobre o Futuro entre Coreias e China de Pequim.

A visita de Kim coincide com a chegada a Pyongyang na terça-feira de Robert King, enviado especial dos EUA para assuntos de direitos humanos na Coreia do Norte, que viaja para esse país cinco dias para avaliar as necessidades de assistência alimentar do país, onde seis milhões de pessoas precisam de ajuda urgente, segundo as Nações Unidas.

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Xangai - Apesar do mistério que rodeia as visitas à China do presidente da Coreia do Norte, Kim Jong-il, vários meios de comunicação chineses quebraram seu costume e informam de sua atual viagem oficial nesta segunda-feira, durante a estadia de Kim, e não uma vez concluída, como costuma ser habitual.

Segundo o jornal oficial "Global Times", vinculado ao Partido Comunista da China (PCCh), e o periódico local "Shanghai Daily", que recolhe a viagem com informação de agências internacionais, Kim chegou na noite deste domingo em trem à turística cidade de Yangzhou, na província oriental de Jiangsu.

Ambos os meios asseguram que não se sabe se Kim continuará sua viagem até a Xangai, capital financeira do país.

A mudança de atitude informativa acontece depois que o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, anunciou em Tóquio, durante um encontro com o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, que Pequim tinha convidado Kim para que aprenda com o desenvolvimento econômico chinês possíveis ideias para reanimar a economia norte-coreana.

O Ministério de Exteriores chinês não fez comentários sobre a visita nem ao próprio diário do PCCh, ao qual assegurou que por enquanto não tem informação a respeito.

No entanto, fontes ligadas ao Governo local de Yangzhou, uma cidade turística às margens do rio Yang Tsé, vizinha da antiga capital chinesa de Nanquim, confirmaram ao "Global Times" que Kim chegou neste domingo à cidade e foi recebido em sua estação de trem pelas autoridades locais, incluindo o secretário-geral do PCCh local.

Yangzhou é também a cidade natal do ex-presidente da China Jiang Zemin, com quem o pai de Kim, Kim il-Sung, se reuniu ali em 1991 quando ambos presidiam seus respectivos países, e se especula a possibilidade de que o líder norte-coreano se reúna lá com o ex-líder chinês.

Se continuar sua visita rumo a Xangai, Kim realizaria sua primeira estadia no coração comercial e financeiro da China desde 2001, quando já visitou instalações industriais para conhecer melhor alguns casos práticos das reformas econômicas do gigante asiático.

As frequentes viagens de Kim à China também podem ser parte dos esforços do líder norte-coreano de assegurar o apoio da China a seu filho Kim Jong-un como herdeiro do regime, assinalou Lee Seong-hyon, analista do Instituto de Pesquisas sobre o Futuro entre Coreias e China de Pequim.

A visita de Kim coincide com a chegada a Pyongyang na terça-feira de Robert King, enviado especial dos EUA para assuntos de direitos humanos na Coreia do Norte, que viaja para esse país cinco dias para avaliar as necessidades de assistência alimentar do país, onde seis milhões de pessoas precisam de ajuda urgente, segundo as Nações Unidas.

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