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Imposto sobre rendas mais altas aumenta tensão no futebol italiano

Jogadores e clubes não entram em acordo sobre quem deverá pagar a taxa proposta pelo governo e início do campeonato pode ser adiado

Jogo entre Juventus e Parma no Campeonato Italiano: início ameaçado (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2011 às 17h15.

Roma - A introdução do chamado "imposto de solidariedade" na Itália, que taxa as rendas acima de 90 mil euros, ameaça complicar ainda mais o confronto existente entre os jogadores e os clubes da primeira divisão pela renovação do convênio coletivo.

Um confronto que, por enquanto, põe em risco o início do Campeonato Italiano, previsto para o dia 27 e 28 de agosto, já que os jogadores ameaçam fazer uma greve se os clubes não ratificarem a renovação de seu convênio coletivo.

Uma delicada situação agora poderia ficar ainda pior com um novo ponto de desacordo, com a introdução do imposto de solidariedade e as dúvidas sobre quem deverá pagá-lo, se são os clubes ou os jogadores.

O novo imposto, incluído no último plano de ajuste orçamentário aprovado pelo Governo de Silvio Berlusconi, prevê taxar com 5% as rendas anuais que superarem os 90 mil euros e com 10% as que excederem os 150 mil euros.

Segundo o diário "La Gazzetta dello Sport", até agora, o convênio coletivo permitia que, na maioria dos casos, os acordos assinados com os jogadores estipulassem os números líquidos de retribuição dos jogadores, deixando a cargo dos clubes o pagamento dos impostos.

No novo convênio, os clubes tinham pedido para que fosse eliminada a possibilidade de estipular a retribuição em líquido, e, com isso, os jogadores poderiam ter que assumir o "custo".

Esse último convênio é o que está pendente de assinatura por parte dos clubes. No entanto, o "imposto de solidariedade" pode se tornar um novo ponto de desencontro e, com isso, acrescentar novas tensões nesta negociação, que na sexta-feira verá um novo encontro entre as partes.

À espera dessa reunião, o vice-presidente do Milan, Adriano Galliani, declarou que, caso aprovem definitivamente a introdução do imposto, os jogadores é quem terão que pagar e não os clubes.

"Os jogadores podem fazer o que quiserem, mas esse dinheiro não será desembolsado pelos clubes. Sobre este tema sou intransigente. Podem fazer greve toda a vida se quiserem", afirmou Galliani.

Nesta quarta-feira, o ministro para a Simplificação Legislativa, Roberto Calderoli, disse que se os jogadores "seguirem ameaçando com greves" ou outras ações proporá que eles paguem o dobro do "imposto da solidariedade".

"Os jogadores têm uma manha de criança. Não sei se o imposto de solidariedade é justo ou não, mas se alguém tem que pagá-lo, esses são os jogadores", declarou Calderoli.

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Roma - A introdução do chamado "imposto de solidariedade" na Itália, que taxa as rendas acima de 90 mil euros, ameaça complicar ainda mais o confronto existente entre os jogadores e os clubes da primeira divisão pela renovação do convênio coletivo.

Um confronto que, por enquanto, põe em risco o início do Campeonato Italiano, previsto para o dia 27 e 28 de agosto, já que os jogadores ameaçam fazer uma greve se os clubes não ratificarem a renovação de seu convênio coletivo.

Uma delicada situação agora poderia ficar ainda pior com um novo ponto de desacordo, com a introdução do imposto de solidariedade e as dúvidas sobre quem deverá pagá-lo, se são os clubes ou os jogadores.

O novo imposto, incluído no último plano de ajuste orçamentário aprovado pelo Governo de Silvio Berlusconi, prevê taxar com 5% as rendas anuais que superarem os 90 mil euros e com 10% as que excederem os 150 mil euros.

Segundo o diário "La Gazzetta dello Sport", até agora, o convênio coletivo permitia que, na maioria dos casos, os acordos assinados com os jogadores estipulassem os números líquidos de retribuição dos jogadores, deixando a cargo dos clubes o pagamento dos impostos.

No novo convênio, os clubes tinham pedido para que fosse eliminada a possibilidade de estipular a retribuição em líquido, e, com isso, os jogadores poderiam ter que assumir o "custo".

Esse último convênio é o que está pendente de assinatura por parte dos clubes. No entanto, o "imposto de solidariedade" pode se tornar um novo ponto de desencontro e, com isso, acrescentar novas tensões nesta negociação, que na sexta-feira verá um novo encontro entre as partes.

À espera dessa reunião, o vice-presidente do Milan, Adriano Galliani, declarou que, caso aprovem definitivamente a introdução do imposto, os jogadores é quem terão que pagar e não os clubes.

"Os jogadores podem fazer o que quiserem, mas esse dinheiro não será desembolsado pelos clubes. Sobre este tema sou intransigente. Podem fazer greve toda a vida se quiserem", afirmou Galliani.

Nesta quarta-feira, o ministro para a Simplificação Legislativa, Roberto Calderoli, disse que se os jogadores "seguirem ameaçando com greves" ou outras ações proporá que eles paguem o dobro do "imposto da solidariedade".

"Os jogadores têm uma manha de criança. Não sei se o imposto de solidariedade é justo ou não, mas se alguém tem que pagá-lo, esses são os jogadores", declarou Calderoli.

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